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Brasil Fragmentos de dinossauros são achados no Museu Nacional no Rio de Janeiro

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Escombros ainda podem esconder mais tesouros. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Quarenta e cinco dias depois de um incêndio transformar em cinzas o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no início de setembro, uma notícia animou os funcionários: pesquisadores encarregados de vasculhar os escombros em busca de material que tenha escapado das chamas encontraram restos de um dinossauro.

“Nem sei se posso dizer isso, mas estamos comemorando. Nossos pesquisadores resgataram restos de um dinossauro raríssimo. Todo mundo fala da Luzia (fóssil humano mais antigo das Américas e que fazia parte do acervo), mas nós tínhamos aqui muitas outras ‘Luzias’”, disse Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional.

Os fragmentos ainda precisam passar por uma análise detalhada. Uma das hipóteses é que eles sejam do Maxakalisaurus topai, um gigante herbívoro que media 13 metros e vivia na América do Sul há 80 milhões de anos. O animal era o destaque da sala dos dinossauros da instituição, que tinha em exibição também um exemplar de um carnívoro, Angaturama limai, e uma réplica do maior réptil voador da América do Sul, o Tropeognathus mesembrinus.

Os pesquisadores só conseguiram até agora entrar em 20% da área destruída pelo fogo. Ainda não foi possível, por exemplo, chegar à sala onde o crânio de Luzia estava guardado. O trabalho avança com lentidão para garantir a segurança dos funcionários, já que a obra de escoramento das paredes do imóvel ainda não foi concluída.

No último dia 20, o Ministério da Educação liberou para a UFRJ, a quem pertence o museu, R$ 8,9 milhões para as intervenções emergenciais no Palácio da Quinta da Boa Vista, que incluem, além do escoramento, a cobertura do prédio.

“O trabalho de escoramento já começou. São 180 dias de obras previstas, incluindo a colocação de uma cobertura na estrutura. Estamos apreensivos porque o período das chuvas fortes começou. Quanto mais rápido a cobertura for instalada, melhor. A chuva pode destruir muito coisa que sobrou, além de deixar em risco a estrutura do prédio”, disse Kellner.

Retomada das atividades

O Ministério do Planejamento anunciou que irá ceder um terreno de 49,3 mil metros quadrados, que pertence à União, para que o museu retome suas atividades. A ideia é que o local abrigue um centro de visitação e dois laboratórios de pesquisa. A área fica na rua Bartolomeu Gusmão, em São Cristóvão, mesmo bairro que abrigava o museu.

O terreno será dividido com o Tribunal de Justiça do Rio, que ficará com uma área de dez mil metros quadrados. Em troca, o tribunal repassará R$ 2,2 milhões do Fundo de Penas Pecuniárias para a criação do centro de visitação e dos laboratórios. O TJ também será responsável por cercar a área para o museu. Num primeiro momento, os laboratórios serão instalados em contêineres.

“O museu e o tribunal estavam pleiteando o terreno. Propusemos, então, uma parceria entre eles para dividir a área. Eles aceitaram e conseguimos, assim, resolver dois problemas”, afirmou o secretário do Patrimônio da União, Sidrack Correia.

Segundo Kellner, a prioridade será instalar os laboratórios para que os funcionários possam voltar a trabalhar. Logo em seguida, deverá ficar pronto o centro de visitação:

“Em 2019, já queremos inaugurar o centro de visitação do museu, destinado a estudantes. Anualmente recebemos 20 mil alunos de 600 escolas do município”, informou o diretor.

Até agora, as causas do incêndio ainda não foram esclarecidas. Peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal ainda não descartaram uma ação criminosa. Segundo um policial envolvido na investigação, ainda serão necessários mais 30 dias de trabalho para se chegar a uma conclusão. A informação é do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/fragmentos-de-dinossauros-sao-achados-no-museu-nacional-no-rio-de-janeiro/ Fragmentos de dinossauros são achados no Museu Nacional no Rio de Janeiro 2018-10-18
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