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Por Redação O Sul | 20 de abril de 2017
A França vive um dos momentos mais delicados de sua História recente: alvo de diferentes ataques terroristas desde janeiro de 2015, o país vive um estado de emergência máximo desde que 130 pessoas acabaram mortas em ataques coordenados do Estado Islâmico em Paris, em novembro daquele ano. O terror virou tema central da campanha.
O temor do terrorismo ganhou força após a série de ataques que culminaram no massacre ao semanário satírico Charlie Hebdo, totalizando 20 mortos em janeiro de 2015. Naquele mesmo ano, após outros casos esporádicos, atentados coordenados em 13 de novembro, com tiros e explosões, mataram 130 pessoas em restaurantes, a casa de shows Bataclan e o entorno do Stade de France.
O ataque de novembro fez o presidente François Hollande ativar um estado de emergência que vem sendo renovado até os dias atuais, com ampla presença policial e de soldados nas ruas. O governo do socialista passou por rachas após o presidente e seu então premier, Manuel Valls, proporem a retirada de nacionalidade de estrangeiros com dupla cidadania e que tenham afiliação com o terror.
O extremismo voltou a tomar as manchetes mundiais quando um tunisiano invadiu com um caminhão uma popular avenida de pedestres em Nice durante as comemorações do Dia da Bastilha, em julho de 2016, matando 86 pessoas. A candidata nacionalista Marine Le Pen foi a mais focada no tema durante a campanha ao Palácio do Eliseu, associando o extremismo à imigração de muçulmanos.