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Artes Visuais Francisco Brennand, artista plástico pernambucano, morre aos 92 anos no Recife

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Brennand estava internado há dez dias no Real Hospital Português, na região central da capital pernambucana.

Foto: Reprodução
Brennand estava internado há dez dias no Real Hospital Português, na região central da capital pernambucana. (Foto: Reprodução)

Morreu nesta quinta-feira (19), aos 92 anos, no Recife, o artista plástico e ceramista Francisco Brennand, após complicações de uma infecção respiratória. Brennand estava internado há dez dias no Real Hospital Português, na região central da capital pernambucana.

Brennand foi o responsável pelos monumentos de um dos principais pontos turísticos do Recife: o Parque das Esculturas. A principal obra no complexo é a Torre de Cristal, com 32 metros de altura e confeccionada em argila e bronze.

O velório terá início às 18h na Capela Imaculada Conceição, na Oficina Cerâmica Francisco Brennand, no bairro da Várzea, na Zona Oeste da capital, onde ocorre uma missa de corpo presente, a partir das 20h. Informações sobre o enterro não foram reveladas para manter a privacidade da família.

O artista

O ceramista, pintor, escultor, ilustrador, gravador e desenhista Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand nasceu no Recife em 11 de junho de 1927, filho de Ricardo Monteiro Brennand e Olímpia Padilha Nunes Coimbra.

Depois de seguir para o Rio de Janeiro em 1937, Brennand retornou a capital pernambucana em 1939, concluindo o curso ginasial em 1942. No mesmo ano, começou a trabalhar na Cerâmica São João, como aluno informal do escultor Abelardo da Hora, falecido em 2014.

Em 1943, para concluir o segundo ciclo colegial, foi estudar no Colégio Oswaldo Cruz, onde conheceu Déborah de Moura Vasconcelos, com quem se casaria cinco anos depois.

Devido ao seu talento para caricaturas, Brennand foi convidado em 1945 pelo seu colega de classe Ariano Suassuna para ilustrar poemas publicados no Jornal Literário do colégio.

No fim da década de 1940, o artista ganhou seu primeiro prêmio, de pintura, do Salão de Arte do Museu do Estado de Pernambuco, com o quadro de uma paisagem que teve como inspiração o Engenho São João.

O meio ambiente e o futuro da raça humana no planeta foram algumas das preocupações que marcaram a vida e a arte dele, que sabia como dar formas aos sonhos.

Na pintura, Brennand recebeu as primeiras orientações do pintor e restaurador Álvaro Amorim, um dos fundadores da Escola de Belas Artes de Pernambuco. Também estudou pintura com Murilo LaGreca e, para sua primeira escultura, a cabeça da esposa, Deborah, foi a primeira inspiração.

Em novembro de 1971, o artista resolveu transformar as ruínas da Cerâmica São João da Várzea, fundada em 1917 pelo próprio pai. Nas ruínas, deu início a um projeto de esculturas de cerâmica que se multiplicaram nas áreas interna e externa do local. Francisco Brennand tinha admiração por Maria, a mãe de Jesus, tanto que construiu uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição.

No Porto do Recife, fica o Parque das Esculturas, construído em 2000. Um obelisco de 32 metros de altura se destaca na paisagem. É a “Torre de cristal”, inspirada em uma flor descoberta pelo paisagista Roberto Burle Marx. Ao todo, são 90 peças em homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil e formando um dos cartões-postais do Recife.

Francisco Brennand ganhou o Prêmio Gabriela Mistral, concedido pela OEA (Organização dos Estados Americanos), um reconhecimento ao artista que transformou a vida simples do povo em um tesouro para a eternidade.

Em junho de 2017, ele recebeu a Medalha do Mérito Capibaribe, a maior comenda oferecida pela Prefeitura do Recife, pela sua contribuição para a cidade. No mesmo ano, foi homenageado com a Medalha do Mérito Guararapes – Grã Cruz, principal honraria do Estado.

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