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Mundo Fuga do brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, ocorreu depois de semanas de planejamento

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O ex-executivo passou mais de quatro meses na prisão em Tóquio

O ex-executivo passou mais de quatro meses na prisão em Tóquio (Foto: Reprodução/YouTube)

A fuga do brasileiro Carlos Ghosn do Japão para o Líbano ocorreu depois de semanas de planejamento por parte de colaboradores que pretendiam levar o ex-executivo do setor automotivo para um país que acreditassem oferecer um ambiente jurídico mais favorável para julgar as alegações de irregularidades financeiras contra ele, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

No último fim de semana, uma equipe reunida para realizar a sua transferência colocou o plano em ação com a ajuda de cúmplices no Japão. Ghosn foi levado de sua residência monitorada pela Justiça em Tóquio para um jato particular, com destino à Turquia. Ghosn continuou de avião para o Líbano, aterrissando no país na manhã de segunda-feira (30), conforme pessoas familiarizadas com o assunto. Lá, ele se encontrou com sua esposa, Carole Ghosn, que desempenhou um papel importante na operação.

Segundo a agência de notícias Reuters, o brasileiro teria se encontrado também com o presidente do Líbano, Michel Aoun. A reportagem afirma que o encontro ocorreu no gabinete da presidência e que Ghosn agradeceu a Aoun pelo apoio dado por ele enquanto estava detido.

Em uma mensagem de texto para o Wall Street Journal, Carole Ghosn descreveu o reencontro com o marido como o “melhor presente da minha vida”.

Segundo uma pessoa com conhecimento do assunto, o plano de Ghosn é limpar seu nome, buscando um julgamento no Líbano, terra natal de seus ancestrais e um lugar onde ele é considerado um herói nacional. Os advogados de Ghosn acreditam que, de acordo com a lei libanesa, os promotores locais poderiam trabalhar com seus homólogos japoneses para interpor uma ação judicial.

No Japão, Ghosn, ex-presidente de Renault, Nissan e Mitsubishi, é acusado de crimes financeiros, incluindo evitar que a Nissan informasse mais de US$ 80 milhões em receita futura planejada nos resultados financeiros da empresa e direcionar o dinheiro da Nissan a ser gasto para benefício próprio. Ele disse ser inocente de todas as acusações e prometeu contestar essas acusações em um julgamento que deveria começar em 2020.

A fuga de Ghosn surpreendeu seu próprio advogado no Japão. Junichiro Hironaka disse que viu Ghosn pela última vez em 25 de dezembro e planejava encontrá-lo novamente em janeiro. Ele afirmou, sem fornecer detalhes, que o voo de Ghosn pode ter envolvido uma “grande empresa” na preparação, e que a equipe jurídica ainda está com os passaportes francês, libanês e brasileiro de Ghosn.

O ex-executivo do setor automobilístico, que alega ter sido vítima de um cabo de guerra entre a Nissan e a Renault, passou mais de quatro meses na prisão em Tóquio, em dois períodos diferentes, antes de a Justiça determinar sua libertação sob fiança no final de abril.

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