Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2017
Aos 16 anos ele chegou à Califórnia (EUA), vindo da capital da Ucrânia, Kiev. E antes de galgar posições no Vale do Silício, precisou de subsídios do governo norte-americano conhecidos como “food stamps” – uma espécie de vale-refeição – para viver.
Essa é a história de Jan Koum, que se tornaria engenheiro do Yahoo e criador do WhatsApp, um dos aplicativos mais bem-sucedidos do mundo – e que, de tão popular, acabou sendo vendido para o Facebook.
Apaixonado por tecnologia, Koum e aprendeu a programar antes mesmo de entrar na universidade. E logo depois de começar os estudos, ele resolveu abandonar as aulas para se dedicar aos próprios projetos.
No início dos anos 1990, não existiam as atuais regras de segurança tecnológica e legislação que protegem empresas e pessoas. Então Koum e seus amigos se divertiam usando “wardialers”, programas que utilizam chamadas telefônicas para ter acesso a computadores e redes.
“A internet era muito insegura nessa época”, diz ele, hoje aos 41 anos, em entrevista à revista Forbes. “Fiz isso mais por curiosidade, como um desafio.”
O empresário reconhece que fez parte de um grupo de hackers chamado w00w00, onde se tornou amigo dos futuros fundadores do Napster. Mas Koum garante que nunca fez algo ilegal – quando surgiu, nos anos 1990, o site foi acusado de violar direitos autorais para compartilhar músicas de forma gratuita na internet.
Segundo a revista Forbes, a fortuna dele chega a US$ 9,7 bilhões (R$ 31,7 bilhões). Hoje, Koum ocupa o 28º lugar no ranking de bilionários no setor de tecnologia e passou a fazer parte da direção do Facebook – a empresa de Mark Zuckerberg comprou o WhatsApp há três anos por US$ 20 bilhões (R$ 65 bilhões, em valores corrigidos).