Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2015
Pelo menos 40 entidades do funcionalismo gaúcho prometem aderir à paralisação de atividades nesta segunda-feira, por 24 horas, em protesto contra o pagamento parcelado dos salários de julho, anunciado na sexta-feira pelo governo do Rio Grande do Sul. De acordo com o Sindsepe (Sindicato dos Servidores Públicos do Estado), um ato público será realizado em frente ao Centro Administrativo da Capital e haverá reuniões plenárias em diversas cidades.
Dentre as adesões ao movimento que mais preocupam a população está a dos integrantes da Brigada Militar, que prometem ficar em seus quartéis, evitando o policiamento ostensivo e o atendimento a ocorrências de menor gravidade. Entidades da categoria chegaram a divulgar nota recomendando que os cidadãos fiquem em suas casas. Trabalhadores do sistema penitenciário também deverão comparecer aos locais de trabalho somente para atender situações consideradas emergenciais.
Já a orientação do Cpers (Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul) é de que as escolas fechem as portas e que os educadores trabalhem em períodos reduzidos a partir de terça-feira, utilizando o tempo para “conscientizar a comunidade para o descaso com o ensino público”.
Manifestações
Na madrugada de sábado, foram registrados protestos de policiais civis e militares no interior do Estado. Em Carazinho, houve queima de pneus na rodovia BR-386 e um viaduto teve bonecos pendurados com uniformes policiais. Houve ações similares em Rio Grande, Santana do Livramento e Santiago.
Em Caxias do Sul, familiares de policiais tentaram impedir o deslocamento de brigadianos de um quartel até o jogo entre Juventude e Brasil de Pelotas, no estádio Alfredo Jaconi. Segundo representantes da unidade, houve negociação com manifestantes, atraso na saída do grupo e demora na entrada de torcedores no local. Também à tarde, um homem foi morto a tiros em uma rua a dois quilômetros do estádio. (Marcello Campos com agências)