Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Hoje à tarde, o Impostômetro atingirá 1 trilhão e 600 bilhões de reais, total de tributos pagos desde 1º de janeiro deste ano. O placar eletrônico, criado em 2005, é mantido pela Associação Comercial de São Paulo em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
Em 2014, o mesmo valor foi registrado a 5 de novembro. A antecipação de 18 dias neste ano confirma que a arrecadação continua crescendo, apesar da redução do setor produtivo, apontada em todas as pesquisas. Mesmo assim, o governo encaminhou ao Congresso Nacional o orçamento de 2016 com déficit pela primeira vez, que soma 30 bilhões e 500 milhões de reais.
Pagar impostos é um imperativo em qualquer sociedade organizada diante da necessidade da prestação de serviços públicos. Discute-se a destinação dos recursos e a falta de transparência nos orçamentos, que fica ao alcance de poucos especialistas.
O contribuinte brasileiro trabalha, em média, cinco meses por ano somente para pagar os tributos (impostos, taxas e contribuições) aos governos federal, estadual e municipal. Esse período corresponde ao dobro do que era exigido na década de 1970.
Apesar do fardo tão alto, os serviços básicos como saúde, educação e segurança pública têm a precariedade que ninguém desconhece. Nas campanhas eleitorais, o máximo que os candidatos fazem é prometer o que não poderão cumprir. A isso se chama demagogia, que sai cara demais.
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