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Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2016
A PF (Polícia Federal) pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) o indiciamento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), mas a PGR (Procuradoria-Geral da República) deu um parecer contrário à solicitação. O chefe do Executivo mineiro é um dos principais alvos da Operação Acrônimo, que apura vestígios de ilegalidades na campanha do petista ao Palácio da Liberdade, em 2014.
A mesma investigação mira em suspeitas de compra de medidas provisórias e de favorecimento a empresas com empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no período em que Pimentel comandava o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, pasta à qual o banco de fomento é vinculado.
Conforme apuração do jornal Folha de S.Paulo, na avaliação da PF, o governador pode ser indiciado sob suspeita dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko posicionou-se contra a requisição da PF, argumentando que não cabe à corporação indiciar “autoridades com prerrogativa de função” no STJ. “Ademais, [a Legislação] não prevê que o Ministério Público Federal autorize a realização desse tipo de procedimento inquisitorial”, sustentou no despacho.
Tanto o pleito da PF quanto a manifestação da Procuradoria estão no gabinete do ministro do STJ Herman Benjamin, relator da Acrônimo na Corte. Na volta do recesso do Judiciário, o magistrado baterá o martelo a respeito do impasse. (Folhapress)