Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2017
A Justiça do Peru decretou no sábado (08) a prisão preventiva, por 18 meses, do governador da região de Callao, Félix Moreno, por ter recebido propina da Odebrecht em troca de “adjudicação” da construção de uma rodovia.
Após uma audiência que durou dez horas, o juiz Ricardo Manrique, chefe do Terceiro Tribunal de Escola Nacional de Investigação, aceitou o pedido de prisão solicitado pela Procuradoria, que acusa Moreno de diversos crimes, como lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
O juiz considerou que existem provas sérias e bem fundamentadas que incriminam Moreno. O advogado de Moreno, Jose Castillo, recorreu da decisão judicial. O governador foi preso pela Polícia Nacional do Peru.
De acordo com o procurador anticorrupção Hamilton Castro, encarregado de investigar o caso Odebrecht no Peru, a construtora pagou propina de US$ 4 milhões para ganhar a licitação da Costa del Callao, uma estrada que corre ao longo da costa da cidade para se conectar com uma semelhante existente dentro da jurisdição de Lima.
Segundo as investigações, a maior parte do pagamento ilegal da construtora brasileira (60%) foi para Moreno, enquanto os 40% restantes foram destinados ao empresário israelense Gil Shavit, que decidiu colaborar com as investigações depois de ser preso há uma semana no aeroporto Jorge Chávez, em Callao. Moreno nega as acusações.