Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2016
Alvo de críticas de conservadores por sua política de portas abertas, a Alemanha mudou de postura e decidiu endurecer as regras de asilo para refugiados, dificultando a entrada de imigrantes de alguns países africanos. Também em um movimento para conter a crise migratória na Europa, a Finlândia se uniu à Suécia e anunciou planos de deportar imigrantes que tiverem o pedido de acolhimento rejeitado.
O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, afirmou que a Alemanha iria estender sua lista de “países de origem segura” incluindo Argélia, Marrocos e Tunísia – o que significa que imigrantes provenientes desses lugares teriam pouca chance de conseguir asilo. Alguns também seriam impedidos de levar suas famílias para a Alemanha por dois anos. No ano passado, a Alemanha fez o mesmo com nações dos Balcãs para conter o grande número de migrantes que reivindicam asilo no país.
O endurecimento das regras vem após a Alemanha, a economia mais forte da UE (União Europeia), receber 1,1 milhão de migrantes em 2015 – muitos deles refugiados que fogem de guerras, perseguições e miséria.
A chanceler alemã, Angela Merkel, está sob forte pressão para reverter sua política de ajuda a refugiados, enfrentando oposição até dentro do seu partido.
Depois da Suécia anunciar que planejava deportar até 80 mil imigrantes, a Finlândia seguiu os mesmos passos e anunciou planos de expulsar cerca de dois terços dos 32 mil requerentes de asilo que chegaram ao país em 2015.
“A princípio falamos de cerca de dois terços, ou seja, aproximadamente 65% dos 32 mil terão uma decisão negativa [sobre os seus pedidos de asilo]”, disse o diretor do Ministério do Interior finlandês, Paivi Nerg.
Os dois países nórdicos, que estão entre os que mais recebem refugiados per capita na UE, estão lutando para lidar com a crise migratória.
Outra medida adotada por alguns países europeus para conter o tsunami de refugiados é o confisco de bens. Suíça, Dinamarca e alguns Estados no Sul da Alemanha aprovaram a retirada de posses de refugiados para ajudar a pagar custos do acolhimento no país. (AG)