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Mundo O governo da Argentina demitiu o comandante da Marinha após a tragédia com o submarino

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Segundo agência estatal, ministro de Defesa pediu que chefe naval se aposentasse. (Foto: Reprodução)

O governo da Argentina destituiu o chefe da Marinha, Marcelo Srur, como consequência de investigação aberta após o desaparecimento há um mês do submarino ARA San Juan, confirmaram neste sábado (16) fontes oficiais. A agência estatal “Télam” informou que o ministro da Defesa argentino, Oscar Aguad, solicitou que Marcelo Srur se aposentasse.

Também será formada uma comissão investigadora composta por três submarinistas: um deles é Jorge Bergallo, pai de Jorge Ignacio Begallo, um dos 44 tripulantes desaparecidos no submarino. A comissão investigadora será independente do Ministério da Defesa, com orçamento próprio e ilimitado, “a fim de poder chegar à verdade do que aconteceu com o submarino”, indicaram as fontes oficiais.

Há um mês, o submarino San Juan estabeleceu sua última comunicação. Ele viajava do porto de Ushuaia até sua base, na cidade de Mar del Plata. Atualmente, diversos navios de vários países continuam trabalhando nas buscas, a cerca de 400 quilômetros do litoral argentino.

Explosão

Um  informe do Escritório de Inteligência Naval, da Marinha dos Estados Unidos, analisou o sinal acústico detectado por equipamentos de monitoramento no Atlântico em 15 de novembro, data em que a tripulação do submarino fez seu último contato com a base em terra.

A localização do ruído, a 30 milhas da última localização reportada do ARA San Juan, é compatível com a rota que percorria o submarino. Em resposta ao “La Nación”, a Marinha argentina disse que o relatório americano representa “um indício a mais” de que houve uma explosão e ainda não descarta nenhuma hipótese nas investigações.

O submarino havia zarpado de Ushuaia no domingo, 11 de novembro, para retornar a Mar del Plata, sua base habitual. Em sua última comunicação, informou que uma entrada de água pelo sistema de ventilação provocou um princípio de incêndio na casa de baterias.

Após semanas de buscas que contaram com o apoio de diversos países, incluindo EUA e Brasil, a Argentina admitiu que não há mais chances de encontrar sobreviventes.

As operações continuam, no entanto. O porta-voz da Marinha da Argentina, Enrique Balbi, comparou os esforços de busca, na última sexta-feira (8), a procurar “uma agulha no palheiro”.

40 milissegundos

Em um fórum, o especialista americano Bruce Rule, responsável pelo relatório, indicou que “todo o casco interno foi completamente destruído em aproximadamente 40 milissegundos”, especificando que isso equivale à metade do tempo mínimo necessário para o reconhecimento cognitivo de um evento.

“Não se afogaram nem passaram dor, a morte foi instantânea”, afirmou, sublinhando que o submersível caiu ao fundo do mar a uma velocidade entre 18 e 24 quilômetros por hora.

A marinha da Argentina foi cautelosa em relação aos cálculos do especialista estadunidense. “Temos isso em conta, como os outros indícios que recebemos […] não descartamos nada, mas é a análise de um especialista em acústica com base no primeiro relatório”, comentou o porta-voz da marinha argentina, Enrique Balbi.

O governo e a Marinha consideram os marinheiros mortos, em consequência do número de dias e por acreditar que a nave está no fundo do mar.

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https://www.osul.com.br/governo-argentino-destitui-chefe-da-marinha-apos-caso-de-submarino/ O governo da Argentina demitiu o comandante da Marinha após a tragédia com o submarino 2017-12-16
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