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Mundo Governo considera “fato grave” a execução de mais um brasileiro na Indonésia

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Angelita Muxfeldt, prima de Gularte, dá entrevista à imprensa. Foto AFP

O governo brasileiro considerou um “fato grave” na relação com a Indonésia a execução do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, na tarde desta terça-feira (madrugada na Indonésia), por tráfico de drogas. A mensagem foi transmitida pelo secretário-geral de Relações Exteriores, Sérgio França Danese, e ainda afirma que o ocorrido “fortalece a disposição brasileira de levar adiante, nos organismos internacionais de direitos humanos, os esforços pela abolição da pena capital”. Danese não detalhou, porém, quais medidas serão tomadas no âmbito entre o Brasil e a Indonésia:

Nós achamos que essa segunda execução constitui novamente um fato grave no âmbito das relações entre os dois países. São relações que ambos os governos haviam qualificado de estratégicas. Nós temos um comércio de cerca de 5 bilhões de reais, com superávit para o Brasil. Mas, obviamente, o fato de que tantos apelos presidenciais tenham permanecido sem uma resposta satisfatória para nós, da parte do governo da Indonésia, é algo que deve ser avaliado. Nós estamos justamente procedendo essa avaliação, sobre qual será a atitude a adotar em relação a esse país. Um país que é um importante parceiro na Ásia, um país que nós consideramos estratégico e, portanto, é importante para nós”, afirmou.

Na mesma nota lida pelo embaixador, o governo ainda diz ter recebido com “profunda consternação” a notícia da morte de Gularte e transmite “sua solidariedade e seu mais profundo presar” à família do executado.

Em Bogotá, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lamentou o fato de a Indonésia não ter aceito os pedidos para não executar o brasileiro: “Nunca contestamos a acusação, nem o processo judicial e respeitamos a soberania da Indonésia. Porém, sempre contestamos a aplicação da sentença, por questões humanitárias. Lamentamos que o governo da Indonésia não tenha acatado nossos argumentos e que, nessas condições, tenham executado o brasileiro Rodrigo Gularte”.

Gularte é o segundo cidadão brasileiro a ser executado no país este ano. Em janeiro, Marco Archer também foi fuzilado após ser condenado por tráfico de drogas. Segundo Danese, desde a prisão dos dois, o governo brasileiro encaminhou sete cartas ao presidente da Indonésia pedindo alternativas legais à pena de morte. A última correspondência foi enviada por Dilma Rousseff em 9 de fevereiro. Segundo o embaixador, ela fez um apelo veemente para que Gularte não fosse executado. Além disso, a presidente também fez uma ligação, em 16 de janeiro, para o presidente Widodo, na qual transmitiu preocupação com a situação dos brasileiros.

O último pedido para suspender a sentença foi realizado no dia 26 de abril, quando o Itamaraty encaminhou uma nota verbal ao representante da Embaixada da Indonésia no Brasil. No documento, o governo brasileiro considerava “inaceitável a possibilidade de execução nacional do brasileiro” e se comprometia a “cooperar no combate ao consumo e tráfico de drogas” para que Gularte não fosse executado.

A família de Gularte decidiu enterrá-lo no Brasil. O corpo será translado, mas o Itamaraty não confirmou se irá arcar com os custos. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, não há nenhum outro caso de brasileiro no exterior que esteja sendo processado de forma que possa ser condenado à morte.

 

 

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https://www.osul.com.br/governo-considera-fato-grave-a-execucao-de-mais-um-brasileiro-na-indonesia/ Governo considera “fato grave” a execução de mais um brasileiro na Indonésia 2015-04-28
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