Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2015
O vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza, debochou nesta quinta-feira (18) da viagem dos senadores brasileiros a Caracas para visitar os presos políticos. O mandatário enviou uma mensagem irônica ao celular de Lilian Tintori, mulher do oposicionista encarcerado Leopoldo López, se divertindo com a difícil situação dos brasileiros, bloqueados por militantes chavistas no caminho para a penitenciária militar de Ramo Verde. “Se eles estão aqui, é porque não têm muito trabalho por lá. Assim, umas horas a mais ou a menos, dá no mesmo”, foi o texto enviado à esposa do esquerdista, que acompanhava a comitiva brasileira, retida no trânsito da capital venezuelana.
A zombaria de Arreaza só reforçou a percepção de que o bloqueio da estrada foi, como suspeitaram os parlamentares e a ex-deputada opositora venezuelana Maria Corina Machado, iniciativa do governo. “Se alguma dúvida ainda existia sobre a escalada autoritária na Venezuela, nós voltamos de lá sem dúvida alguma”, declarou Aécio Neves (PSDB).
Além do tucano, o grupo de políticos era formado por: Aloysio Nunes (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Cássio Cunha Lima (PSDB), José Medeiros (PPS), Agripino Maia (DEM), Ricardo Ferraço (PMDB) e Sérgio Petecão (PSD).
Protestos
Na tentativa de chegar ao presídio, o veículo no qual os brasileiros viajavam ficou retido no engarrafamento devido, segundo versão das autoridades locais, a obras que o Executivo resolveu fazer naquela hora. Protestantes chavistas aproveitaram a chance para cercar o micro-ônibus e intimidar os senadores através de gritos de guerra do tipo: “Chávez não morreu, se multiplicou” e “Fora, fora”. Conforme Caiado e Ferraço, o carro foi apedrejado por simpatizantes do presidente venezuelano Nicolás Maduro.