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Mundo Governo Maduro prende mais de 300 pessoas após saques e protestos

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Soldados impedem venezuelanos de atravessar a fronteira na cidade de Ureña rumo à Colômbia. (Foto: Reprodução)

No terceiro dia de protestos e saques depois de o governo venezuelano ter anunciado a retirada de circulação da nota de 100 bolívares — a de maior valor no país —, o presidente Nicolás Maduro afirmou que mais de 300 pessoas foram presas.

“Há militantes dos partidos terroristas Vontade Popular e Primeiro Justiça, em todos os lugares aparecem envolvidos esses membros respondendo ao governo dos Estados Unidos”, disse Maduro em seu programa na TV, sem apresentar evidências do suposto envolvimento dos EUA.

“Não me venham dizer que são presos políticos. Eles são os dois partidos dos ‘gringos’ na Venezuela”, acrescentou, dizendo que o presidente norte-americano, Barack Obama, tenta orquestrar um golpe contra o socialismo na Venezuela antes do fim de seu mandato, em janeiro.

Autoridades locais informaram que 350 estabelecimentos foram saqueados em Ciudad Bolívar, no Leste do país, desde sexta-feira (16), incluindo 90% dos supermercados. A cidade registrou novos saques neste domingo (18) a mercados, farmácias e concessionárias de veículos, entre outros negócios.

Toque de recolher

O Estado de Bolívar, que registrou os protestos mais violentos do fim de semana, vive desde sábado (17) sob toque de recolher, vigente até esta segunda-feira (19).

Manifestantes entram em confronto com a Guarda Nacional em La Fría, no Oeste da Venezuela. (Foto: Reprodução)

Manifestantes entram em confronto com a Guarda Nacional em La Fría, no Oeste da Venezuela. (Foto: Reprodução)

Segundo a agência de notícias Reuters, um garoto de 14 anos foi morto durante os saques em El Callao, também em Bolívar. Testemunhas afirmam que lojas de chineses foram os principais alvos de saque. Na sexta-feira, um deputado opositor disse que autoridades municipais de El Callao confirmavam três mortos, entre eles um lojista asiático.

Em Santa Elena de Uairén, no Sul, perto da fronteira com o Brasil, comerciantes e moradores formaram grupos de vigilantes para se juntar à polícia e aos soldados depois que seis lojas foram saqueadas no sábado.

“Não estamos baixando a guarda, vamos formar brigadas de proteção”, disse o líder comerciário local Gilmer Poma. Para tentar amenizar a tensão, preços de alimentos foram reduzidos em alguns estabelecimentos da cidade neste fim de semana.

Depois do caos instaurado em todo o país com a retirada de circulação da nota de 100 bolívares, somado ao atraso na oferta da família de cédulas de valor maior prometidas pelo governo, Maduro prorrogou a vigência da nota até 2 de janeiro.

O chavista também culpou grupos paramilitares ligados à oposição e aos EUA pelo atraso na chegada das notas maiores — de até 20 mil bolívares —, afirmando que os aviões que trariam as cédulas sofreram “sabotagem”.

“Corredor familiar”

Também foi prorrogado até 2 de janeiro o fechamento da fronteira venezuelana com Brasil e Colômbia, para conter supostas máfias que estariam contrabandeando as cédulas de 100 bolívares para deixar os venezuelanos sem dinheiro e atingir a já combalida economia do país.

No sábado (17), Maduro anunciou que um “corredor familiar” estará funcionando na ponte Francisco de Paula Santander, que liga a colombiana Cúcuta à venezuelana Ureña, no Estado de Táchira (Oeste), devido às férias. “Os pequenos estão de férias, 24 e 25 visita familiar, correto! 31 e 1º visita familiar, correto!” disse Maduro.

Não foram informados, porém, datas e horários em que os pedestres poderão cruzar o corredor em direção à Colômbia. Apenas poderão atravessar moradores munidos do Cartão de Imigração, instituído em agosto passado com a reabertura parcial da fronteira com a Colômbia.

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https://www.osul.com.br/governo-maduro-prende-mais-de-300-pessoas-apos-saques-e-protestos/ Governo Maduro prende mais de 300 pessoas após saques e protestos 2016-12-18
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