Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2017
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (8) que o governo não desistiu de aprovar a reforma da Previdência. Ele disse também que não há votos suficientes para aprovar a proposta.
Maia esteve reunido pela manhã no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer e o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para traçar uma nova estratégia para aprovar a proposta no Congresso. Em entrevista ao chegar na Câmara logo após reunião, o parlamentar fluminense afirmou que “de forma nenhuma” o governo vai deixar de colaborar com a votação da proposta no Congresso. Maia não deu, porém, uma previsão de quando a matéria será votada em plenário.
“Acho que a impressão que passou essa semana foi de que, de alguma forma, o governo tinha desistido da reforma da Previdência. (…) Então é importante que tivesse claro que, de forma nenhuma, o governo vai deixar de colaborar com a votação, até porque a gente sabe que uma votação muito difícil como da Previdência precisa que o governo esteja empenhado. E a gente sabe que a equipe econômica do presidente Michel Temer está empenhada na aprovação da reforma”, disse Maia.
O presidente da Câmara afirmou, porém, que a data da votação da reforma no plenário dependerá das negociações com os líderes de partidos da base, que estão resistentes em votar a proposta. “O tempo não depende da nossa vontade, depende das nossas condições de voto. Se a gente tiver voto, ótimo”, afirmou. “Se tivesse voto, votava até amanhã, mas não tem”, acrescentou.
Maia afirmou que, quando o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fala de tempo para aprovar a reforma, fala apenas do ponto de vista da importância da aprovação para contas públicas. “Ele não tem, até porque nunca foi parlamentar, experiência de entender que isso daqui é uma Casa do diálogo, e é com diálogo que a gente vai conseguir escolher uma data correta para votar a Previdência, uma data onde a gente tenha os votos necessários para aprová-la”, declarou.
Dólar
O dólar iniciou a quarta-feira (8) com leve queda ante o real após o esforço do presidente Michel Temer para mostrar que está empenhado na reforma da Previdência e acompanhando a trajetória da moeda no exterior com a possibilidade de atraso no corte de impostos nos Estados Unidos.
Às 13h, o dólar recuava 0,75%, a R$ 3,2523 na venda, depois de ter subido 0,55% e ser cotado a R$ 3,2770 na véspera.
Temer divulgou vídeo na terça-feira para afirmar que está empenhado na negociação da reforma da Previdência depois que o mercado se estressou após ele ter admitido que a proposta poderia não sair do papel.
O governo deve centrar em apenas três pontos: idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, regra de transição para implementação da idade mínima e equiparação das regras de aposentadoria do serviço público com o regime geral da Previdência.