Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2019
Paulo Guedes, ministro da Economia, disse nesta terça-feira (16) que o governo está comprometido em não manipular preços e em aumentar a transparência da Petrobras. Em reunião no Palácio do Planalto, Guedes e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, explicaram ao presidente Jair Bolsonaro como funciona o processo de formação de preços dos combustíveis.
Após a reunião, Guedes afirmou que congelar os preços colocaria em risco os futuros leilões de gás e petróleo, inclusive do excedente de barris da camada pré-sal. “Quem estabelece as práticas de preço é a Petrobras. A maior demonstração que podemos dar de que foi uma reunião de esclarecimento é que não saímos com preço [dos combustíveis] fechado. O presidente da Petrobras tem o encargo de tornar cada vez mais transparente a política de preços. O que está claro é que tem uma dimensão econômica a ser respeitada para não colocar em risco nossos leilões”, declarou o ministro da Economia.
Segundo Albuquerque, o presidente “foi esclarecido” sobre o assunto e a definição sobre qual será o percentual de reajuste no preço do combustível, e quando ele será aplicado, são decisões exclusivas da Petrobras. “Desde 2002, o preço do mercado de combustíveis é livre e quem vai tratar desse assunto é a Petrobras”, afirmou.
Na semana passada, a Petrobras havia anunciado um reajuste de 5,74% do no preço do óleo diesel nas refinarias, mas a medida foi suspensa a pedido do presidente da República. Após a decisão de suspender o reajuste do diesel, ocorrida na última sexta-feira (12), houve queda das ações da petroleira na Bolsa de Valores de São Paulo, que registraram desvalorização de 8,54%.