Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2016
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão especial da Casa que analisa o processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, afirmou que a divulgação de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com caciques do PMDB não vão interferir no andamento dos trabalhos.
“Isso não vai interferir nos trabalhos da comissão porque o processo jurídico-político está perfeito”, salientou Lira. “Tudo que foi feito atende à Constituição Federal. Trata-se de um processo que caminha sozinho.”
Em um dos áudios, o senador Romero Jucá (RR) supostamente defende a necessidade de um “pacto” político para obstruir a Operação Lava-Jato, sugerindo que isso poderia ser feito por meio do impeachment de Dilma.
O conteúdo da conversa causou, nesta semana, a exoneração de Jucá do Ministério do Planejamento do governo do presidente interino Michel Temer, menos de dez dias após ser empossado no cargo.
Pró-Dilma
Parlamentares aliados de Dilma argumentam que as declarações de Jucá comprovariam que o processo de afastamento da petista envolve um golpe institucional. Lira admitiu que o tema pode embasar discursos do grupo. Avaliou, porém, que o incidente não deverá ter interferência objetiva no caso. (AG)