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Brasil Gravações sugerem que venezuelanos controlavam a empresa responsável pelo voo da Chapecoense que caiu há um ano

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Aeronave que caiu com time da Chapecoense na Colômbia, em imagem no Aeroporto JK, em Brasília. (Foto: Inframerica/Divulgação)

A investigação na Bolívia sobre o acidente aéreo com a Chapecoense, no ano passado, começou a encontrar indícios de quem são os possíveis responsáveis pela companhia aérea LaMia, que transportava o time. Segundo o jornal boliviano El Deber, áudios e provas analisadas pelos peritos apontam que os proprietários da empresa devem ser os venezuelanos Ricardo Alberto Albacete Vidal, ex-senador do país, e a filha dele, Loredana Albacete Di Bartolomé.

Criada em 2010 sob incentivo do então presidente venezuelano Hugo Chávez, a empresa se transferiu cinco anos depois para a Bolívia, onde montou sociedade com o piloto Miguel Quiroga, condutor do avião da Chapecoense e uma das vítimas do acidente. Albacete continuou a controlar o negócio à distância, pois se mudou para a Espanha.

De acordo com o El Deber, a investigação boliviana sobre o acidente ampliou em seis meses o trabalho de apuração do acidente. Apesar de tecnicamente já ter sido concluído que a causa da queda foi a falta de combustível, as autoridades encontravam dificuldades em determinar quem seriam os responsáveis pela empresa aérea contratada pela Chapecoense para fazer o transporte da equipe até Medellín, na Colômbia.

O jornal revelou no último domingo que áudios e trocas de mensagens sugerem que os donos da companhia são os venezuelanos. A publicação traz que o Instituto de Investigações Técnicas Científicas da Universidade Policial (Iicup) tem informações sobre conversas entre os possíveis proprietários e funcionários, principalmente a administradora da LaMia, Miriam Flores.

A matrícula do avião foi registrada em La Paz em 20 de janeiro de 2016, somente um dia depois de ter sido realizada a ficha de inscrição do mesmo.

No fim de outubro, MPF (Ministério Público Federal) em Chapecó divulgou a conclusão do inquérito civil que investigou a tragédia. O despacho de 30 páginas questiona irregularidades de voos feitos pela LaMia anteriores ao acidente da Chapecoense e, inclusive, menciona a existência de possível falha por parte de funcionários brasileiros ao permitir que a empresa levasse a seleção argentina para jogo em Belo Horizonte, pelas Eliminatórias, com o combustível do avião perto do limite.

O mesmo despacho do MPF aponta para uma informação também contida na reportagem do El Deber acerca dos donos. O inquérito documenta que o pagamento de uma das apólices de seguro do voo foi para à empresa Kite Air Corporation Limited, sediada em Hong Kong e em Caracas e que tem como dona justamente Loredana Albacete.

Indenização

Nenhuma indenização foi paga até o momento para os familiares e vítimas do acidente – e a perspectiva sinaliza para uma longa batalha nos tribunais. A Chapecoense pagou um seguro obrigatório e o seguro feito em nome de atletas e funcionários. O clube ainda deve ser acionado na Justiça por familiares de vítimas.

Segundo cálculo do advogado Josmeyr Oliveira, representante de familiares das vítimas, o total de indenização que cabe à Chapecoense se aproxima de US$ 400 milhões, muito maior que os R$ 10,1 milhões de patrimônio que o clube declarou ter em balanço relativo a 2016.

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