Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2017
A greve geral anunciada pelas centrais sindicais para esta sexta-feira (28), em repúdio às reformas da Previdência e trabalhista e à lei da terceirização, contará com apoio de rodoviários, metroviários e caminhoneiros no RS, segundo dirigentes sindicais. Nas primeiras horas do dia, manifestantes prometem concentrações em frente a empresas de ônibus da Capital para impedir a saída dos veículos das garagens.
Os metroviários decidiram aderir ao movimento e deverão paralisar as atividades por 24 horas no dia 28. Os trens que atendem o eixo norte da Região Metropolitana não irão circular, de acordo com o SindimetrôRS.
O SindBancários (Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região) definiu, em assembleia no dia 18, que não haverá expediente em agências de Porto Alegre e de outros 15 municípios. A mobilização dependerá da adesão dos funcionários de banco.
Conforme os dirigentes da CUT, Claudir Nespolo, e da Força Sindical-RS, Marcelo Furtado, essa deverá ser uma das maiores paralisações já realizadas no País.
“Estamos nos aproximando da greve geral, que certamente será a maior da história do País, como resposta da classe trabalhadora para o ataque brutal do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) aos direitos trabalhistas e previdenciários conquistados com muita luta ao longo dos últimos 100 anos”, afirma Nespolo.
“Em muitos anos no movimento sindical, é a primeira vez que vejo fortemente a união das Centrais, reforçando que independente de qualquer diferença, temos o mesmo propósito: defender os trabalhadores”, enfatizou Furtado.
À tarde, um ato público será realizado no Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre. A organização é da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas.
Segundo Furtado, a paralisação deverá ser forte também no interior do RS. Ele ressalta que haverá apoio de caminhoneiros e de trabalhadores rurais, que deverão realizar bloqueios nas principais estradas do Estado.
Expediente da Justiça
A Justiça do Trabalho da 4ª Região decidiu suspender o expediente interno e externo das unidades administrativas e judiciárias, de primeiro e segundo grau, em função da greve. Conforme o órgão, a paralisação pode comprometer o funcionamento dos serviços de transporte e segurança.