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Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2017
Uma greve de aeroviários atingiu os dois aeroportos de Buenos Aires (Argentina), provocou o cancelamento de 117 voos, incluindo seis entre a Argentina e o Brasil, e afetou mais de 12 mil passageiros. Segundo a Aeroportos Argentina 2000, que administra os dois terminais, os seis eram da Aerolíneas Argentinas, dos quais dois que operariam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, que serve à capital paulista.
O voo 1245 deveria ter ido ao Aeroparque Jorge Newbery, na capital argentina, e o voo 1274 estava previsto para sair do Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, em Ezeiza, na região metropolitana de Buenos Aires. Também estão na lista de cancelados os voos 1230 (Aeroparque-Porto Alegre), 1231 (Porto Alegre-Aeroparque), 2266 (Curitiba-Aeroparque) e 2267 (Aeroparque-Curitiba).
A maioria dos voos cancelados, porém, dirigia-se para cidades dentro da Argentina, o que inclui destinos turísticos como Bariloche, Ushuaia e El Calafate. Passageiros da Aerolíneas e da Latam foram prejudicados.
A Aerolíneas Argentinas informou que os passageiros podem remarcar seus bilhetes para voar até 30 de setembro sem multa ou cobrança de diferença de tarifa ou usá-lo como crédito para outros voos da empresa em um ano. A empresa também oferece a devolução do valor pago pela passagem, desde que a solicitação seja feita no mesmo canal usado para a reserva.
A Latam dá as mesmas opções, mas a viagem remarcada deve ocorrer até dia 21. Os aeroviários protestavam contra a chegada das empresas de baixo custo à Argentina. Com a abertura do mercado aéreo do país, a categoria teme a piora das condições de trabalho, o fim de benefícios e a redução dos salários.
Além da paralisação, a neblina provocou o desvio para Ezeiza de dois voos que saíram do Brasil para o Aeroparque e levaram a atrasos de 12 – três da Latam, cinco da Gol e quatro da Aerolíneas Argentinas.