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Brasil Grupo da Operação Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República pediu demissão coletiva em protesto contra Raquel Dodge

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A ação foi em protesto contra a titular da PGR, Raquel Dodge, que encerra seu mandato neste mês. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A equipe de trabalho da Operação Lava-Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República) fez um pedido de demissão coletiva citando “grave incompatibilidade de entendimento” do grupo com uma manifestação do órgão enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A ação foi em protesto contra a titular da PGR, Raquel Dodge, que encerra seu mandato neste mês.

Seis procuradores integrantes da equipe fizeram um comunicado em que avisam a respeito de seus desligamentos. São eles: Raquel Branquinho, Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Hebert Mesquita, Victor Riccely e Alessandro Oliveira.

Na carta, eles não detalham os motivos da incompatibilidade, só dizem que a manifestação da PGR ao Supremo foi feita na última terça-feira (3).

Uma das razões de recente insatisfação do grupo da Lava-Jato com a PGR se referia ao acordo de delação premiada do ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro, assinado em dezembro de 2018 e que ainda não havia sido enviado ao Supremo Tribunal Federal para ser homologado.

A homologação é necessária para que os relatos de supostos crimes possam robustecer inquéritos e processos em andamento e possibilitem a abertura de novas investigações.

Diante da demora da PGR, a defesa de Léo Pinheiro chegou a peticionar ao ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava-Jato na Corte, alertando sobre esse caso.

Isso levou críticos de Dodge a aventar a possibilidade de que esse “timing” tivesse a ver com a sucessão na PGR, pois Léo Pinheiro citou integrantes do Poder Judiciário em sua delação.

Em delação, Léo Pinheiro chegou a dizer também que pagou propina e repassou dinheiro em caixa dois de campanha para José Ticiano Dias Toffoli, ex-prefeito de Marília (interior de SP) pelo PT.

Ticiano é irmão do ministro José Antonio Dias Toffoli, atual presidente do STF, que não é citado por Léo Pinheiro no termo da delação a que a Folha teve acesso.

Léo Pinheiro foi quem incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex de Guarujá (SP). O petista foi condenado à prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O depoimento do ex-presidente da OAS foi decisivo porque permitiu ao então juiz Sérgio Moro a conexão do apartamento ao esquema de corrupção na Petrobras.

Léo Pinheiro apresentou a versão que incriminou Lula por corrupção em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações.

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