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Mundo Grupos de defesa das liberdades civis pressionaram a Amazon para que a empresa deixe de vender sua tecnologia de reconhecimento facial para a polícia dos Estados Unidos

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O produto representaria uma grave ameaça às comunidades. (Foto: Reprodução)

Em meio ao crescente mal-estar diante do relacionamento entre empresas de tecnologia e o governo, grupos de defesa das liberdades civis pressionaram a Amazon para que a empresa deixe de vender sua tecnologia de reconhecimento facial para a polícia dos Estados Unidos,

A União Americana das Liberdades Civis (Aclu, na sigla em inglês) disse que seus filiados em três Estados americanos obtiveram material de marketing e documentos sobre o serviço Rekognition, da Amazon, parte de sua divisão de computação na nuvem, a AWS (Amazon Web Services). A empresa diz que o software pode ser usado para “reconhecimento facial em tempo real em meio a dezenas de milhões de rostos, e para a detecção de até 100 rostos em fotos com muitas pessoas retratadas”.

A Aclu e um grupo de outras organizações de direitos civis enviaram uma carta a Jeff Bezos, fundador e diretor-presidente da Amazon, exigindo que a empresa deixe de fornecer reconhecimento facial ao governo.

“O Amazon Rekognition está preparado para o abuso nas mãos dos governos. Este produto representa grave ameaça às comunidades, inclusive às pessoas de cor e imigrantes, e à confiança e ao respeito que a Amazon se empenhou por acumular”, disseram as organizações na carta.

As preocupações ocorrem no momento em que os grupos defensores da privacidade e funcionários alertam para o perigo representado pelo papel desempenhado pelas grandes empresas de tecnologia no fornecimento de tecnologias de ponta para governos. Milhares de funcionários do Google protestaram contra o envolvimento da empresa em um programa do Departamento de Defesa dos EUA que usa inteligência artificial para analisar dados reunidos por drones do governo.

A Amazon não respondeu a um pedido por comentários, mas uma porta-voz disse ao jornal “The Washington Post”, também de propriedade de Bezos: “A Amazon exige que os clientes cumpram a lei e sejam responsáveis no uso de serviços da AWS. Quando consideramos que os serviços da AWS estão sendo objeto de abuso por um cliente, suspendemos o direito desse cliente de usar nossos serviços”.

No Estado do Oregon, o gabinete do xerife usou a tecnologia para identificar suspeitos com base em um banco de dados de fotos policiais, de acordo com os documentos obtidos pela Aclu e com uma postagem em um blog escrita para a Amazon por um analista do gabinete.

A Aclu advertiu que o serviço pode ser usado para automatizar a vigilância. Ele poderia possibilitar a cidades rastrearem seus habitantes, independentemente de eles serem ou não suspeitos de atividades criminais; permitir à polícia identificar pessoas presentes a manifestações; e dar condições para que autoridades monitorem permanentemente os imigrantes.

Os documentos “revelam um produto passível de ser prontamente usado para violar as liberdades e os direitos civis”, disse a Aclu, com risco especial para minorias. O grupo advertiu que “[o serviço] aumenta a possibilidade de que os considerados suspeitos pelos governos — como imigrantes ilegais ou ativistas negros — sejam vistos como alvo legítimo para a vigilância do Rekognition”.

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