Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de junho de 2019
Uma quadrilha especializada em crimes virtuais roubou o equivalente a 27 milhões de dólares em criptomoedas na Europa. O grupo de seis criminosos aplicou um golpe relativamente antigo na internet, que consiste em criar um endereço de site parecido com o endereço de outro site legítimo e falsificar sua página inicial ou tela de login, de modo que os usuários do portal verdadeiro sejam atraídos para o falso e entrem com seus dados, repassando aos bandidos informações como e-mail e senha.
A partir daí os criminosos podem acessar o site original e agir como se fossem os usuários. Neste caso, a página clonada foi a de uma exchange. De posse do login e senha dos usuários, os bandidos puderam “limpar” suas contas, transferindo suas quantias em criptomoedas para suas próprias carteiras.
Até agora, foram identificadas mais de 4 mil vítimas em 12 países, mas é possível que esse número seja muito maior, assim como o valor final desviado.
Na última terça-feira (25), a quadrilha (cinco homens e uma mulher), foi presa por agentes holandeses e britânicos da Europol, dando fim a uma investigação que durou 14 meses. Eles foram capturados em suas casas, em Amsterdã, Roterdã e Inglaterra.
Infelizmente, a Europol não divulgou o nome da exchange que sofreu o prejuízo.
Cada vez mais comum
Recentemente, outro golpe aplicado na venda de tokens falsos usou uma tática semelhante: os criminosos criaram o site Calìbra.com esperando que usuários desatentos chegassem nele ao tentar acessar o Calibra.com, que é o site do projeto da moeda digital do Facebook.
Moeda do Facebook
Já há algum tempo temos ouvido falar de uma grande investida do Facebook no mercado das criptomoedas com a Libra. Agora, a própria companhia apresenta oficialmente a novidade, que traz planos ousados envolvendo transações digitais e reais – unindo aí tecnologia blockchain, pagamentos e contas digitais e sistemas de recompensas.
Inicialmente, o objetivo é oferecer uma alternativa para os desbancarizados, com uma carteira digital própria – a Calibra, falaremos sobre isso logo abaixo – e uma moeda apoiada por uma reserva de ativos, tão estável quanto o dólar. Essa é a grande diferença para a Bitcoin, que age mais como um ativo especulativo. A ideia é em breve ser realmente uma central de negócios descentralizada, capaz de suportar uma ampla gama de produtos financeiros, de sistema bancário aos empréstimos e crédito.
Para regular o mercado e evitar problemas com as instituições tradicionais, o Facebook conseguiu verba e apoio de 29 parceiros, que estão juntos na Associação Libra. Entre os integrantes estão firmas de capital de risco, organizações sem fins lucrativos, empresas de criptografia e grandes grupos financeiros, telecomunicações e provedores de serviços de tecnologia, incluindo Coinbase, Mastercard, Visa, eBay, PayPal, Stripe, Spotify, Uber, Lyft e Vodafone.