Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2018
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse neste sábado (13), em visita ao conjunto habitacional Promorar Raposo Tavares, na Zona Oeste paulistana, que, se for eleito, retomará o Programa Minha Casa, Minha Vida, entregando 500 mil unidades por ano. Ele disse que pretende destinar áreas da União das grandes cidades para a construção das casas.
“Uma das críticas que o programa recebeu é que as casas em geral eram construídas um pouco afastadas dos grandes centros urbanos, onde está o emprego”, declarou em entrevista à imprensa.
Haddad falou também que pretende priorizar coletivos de cultura da periferia em uma eventual vitória no segundo turno. Ele citou uma iniciativa tomada quando era prefeito de São Paulo, na qual parte do orçamento da Cultura para a produção cultural das periferias foi “carimbada”.
“Hoje você vê aqui em São Paulo a periferia é a que mais produz cultural e nem sempre recebe apoio público, então uma parte do orçamento voltado para produção cultural vai ser destinado para coletivos de periferia, inclusive parte da Lei Rouanet”, prometeu.
Haddad disse ainda que pretende refinanciar os devedores do Fies (Programa de Financiamento Estudantil). “Não dá pra estudante ficar inadimplente. Estudantes não estão conseguindo pagar o Fies por causa do desemprego. Não é porque não querem. Estão se formando e não conseguem emprego. A primeira providencia é criar emprego para quem sai da faculdade”, defendeu.
Autocrítica
Haddad voltou a dizer que pretende reforçar mecanismos de controle interno em órgãos públicos e estatais. “O Ministério [da Educação] que eu comandei por quase 7 anos tinha uma controladoria muito forte, então não tivemos casos de corrupção no ministério, que tinha R$ 100 bilhões de orçamento”, afirmou.
Ele avalia que faltou controle nos órgãos federais. “Diretores ficaram soltos para promover corrupção e se enriquecer pessoalmente”, apontou. Ele disse ainda que considera que erros cometidos por dirigentes do PT devem ser julgados, desde que garantido o direito de ampla defesa, e “se concluir que alguém enriqueceu tem que ir pra cadeia”.
Debate
O candidato do PT convocou mais uma vez o adversário Jair Bolsonaro (PSL) a debater. O candidato do PSL tem adiado a participação em debates. “Quem não tem proposta, não tem o que debater. Lamento, porque alguém que queira presidir o país, tem de ter projeto para o País. Não pode passar incólume. Tem que passar pelo crivo do debate, do contraditório, inclusive para esclarecer o que ele vem dizendo, para pleitear a Presidência da República. Acho que não tem paralelo na história do Brasil alguém que chegou à Presidência sem participar de um debate”, afirmou.