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Mundo A universidade de Harvard desiste de fazer convite à espiã que vazou dados da agência de inteligência dos Estados Unidos

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Chelsea Manning foi responsável pelo vazamento de documentos secretos. (Foto: AFP)

Após reação negativa do diretor da CIA (a agência de inteligência dos Estados Unidos), a universidade Harvard decidiu revogar o título de “visiting fellow” (“pesquisadora visitante”, em português) no Instituto de Política concedido a Chelsea Manning.

O título é comum em universidades norte-americanas e normalmente é dado a pessoas que não fazem parte do corpo acadêmico da universidade, mas que são convidadas a realizarem pesquisas, participarem de seminários ou darem palestras na instituição, por exemplo.

Chelsea Manning foi responsável pelo vazamento de documentos secretos do governo americano ao site WikiLeaks enquanto trabalhava como analista de inteligência em Bagdá, em 2010.

O reitor da Harvard Kennedy School, Douglas W. Elmendorf, afirmou em um comunicado divulgado nesta sexta-feira (15) que “estamos retirando o convite para que ela seja pesquisadora visitante com a honra que isso significa para algumas pessoas enquanto mantemos o convite para que passe o dia na Kennedy School e fale em nosso auditório”.

Ela ainda não informou se aceitará o novo convite de Harvard. No dia anterior à divulgação do comunicado, o diretor da CIA, Mike Pompeo, cancelou sua participação em um fórum em Harvard ao saber do convite feito a Manning.

Ele disse que, assim como muitos agentes das forças armadas e de inteligência americanos, acreditava que o vazamento de informações feito por Manning havia colocado em perigo as vidas dos funcionários da CIA. Na quinta-feira (14), minutos antes do evento começar, Elmendorf subiu ao palco e disse que Pompeo não estava no local e que ele não falaria mais aos alunos.

No comunicado divulgado nesta sexta, Elmendorf afirmou que “não tínhamos a intenção de honrar Manning ou endossar suas declarações ou atos” ao convidá-la para ser uma “visiting fellow”, “da mesma forma que não honramos ou endossamos nenhuma pessoa” que recebe o mesmo título.

Ele declarou que convidá-la tinha sido um “erro”. “Eu vejo mais claramente agora que muitas pessoas veem o título de ‘visiting fellow’ como uma honra, então devemos levar isso em consideração quando convidamos alguém”, afirmou.

Manning disse em uma rede social que estava “honrada de ser a primeira mulher transexual desconvidada a ser uma ‘visiting fellow’” e acusou a universidade de permitir que a CIA determinasse “o que é e o que não é ensinado”.

A divulgação dos documentos secretos fornecidos por Manning ao WikiLeaks foi o maior vazamento de dados da história americana.

Manning foi condenada em 2013 a 35 anos de reclusão por 19 crimes, incluindo espionagem e furto. Ela reconheceu parte dos crimes dos quais foi acusada, e disse que vazou as informações para poder revelar abusoscometidos nas guerras do Afeganistão e do Iraque.

Enquanto estava presa, Manning declarou que se identificava como mulher transexual e trocou seu nome de Bradley para Chelsea.

Nos últimos dias de seu mandato, o ex-presidente Barack Obama concedeu clemência à Manning. Ela foi libertada em maio deste ano, após cumprir sete anos de sua pena na prisão. (Folhapress)

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