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Mundo A homossexualidade entrou de vez na política europeia

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Multidão se reúne no Centro de Madri, em parada Gay. (Foto: Reprodução)

Cinquenta anos depois de o Sexual Offences Act descriminalizar o ato sexual consentido e privado entre duas pessoas do mesmo sexo no Reino Unido, a homossexualidade entrou de vez na pauta política europeia.

O Parlamento da Alemanha aprovou, na sexta-feira (30), o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país. No último dia 15, a Sérvia, país candidato a membro da União Europeia, empossou uma inédita para o país primeira-ministra lésbica, Ana Brnabić, 41.

Ela é a primeira chefe de governo mulher e LGBT do Leste Europeu e a segunda do mundo, após a ex-primeira ministra islandesa Jóhanna Sigurðardóttir (2009-2013).

E, há menos de um mês, Leo Varadkar tornou-se o primeiro Taoiseach (nome gaélico para premiê) da Irlanda abertamente homossexual.

Com o slogan “Coragem nos leva adiante”, Varadkar fez da homossexualidade uma bandeira, na mesma semana em que o Reino Unido elegeu sua maior bancada LGBT do Parlamento —45, seis a mais que em 2015.

“É sem dúvida um avanço”, avalia o belga Koen Slootmaekers, professor-assistente na London School of Economics e coautor do livro “The EU Enlargement and Gay Politics” (A expansão da UE e a política para gays).

“Mas não devemos superestimarasmudanças.Varadkar foi eleito indiretamente e é conservador em direitos reprodutivos; Brnabić, que prefere manter sua privacidade na questão talvez para não confrontar a opinião pública sérvia [66% no país consideram a homossexualidade doença], também.”

Caberá a Varadkar, 38, negociar com os vizinhos britânicos os termos do “brexit”, a saída do Reino Unido da União Europeia.

Médico filho de pai imigrante indiano e mãe irlandesa, Varadkar começou a ascender no partido centrista Fine Gael na campanha pelo “sim” no referendo do casamento gay, em 2015, em cuja campanha participou ativamente, assumindo sua homossexualidade. Ser gay na Irlanda ainda era crime nos anos 1990.

Na Inglaterra e no País de Gales, o Sexual Offences Act de 1967 foi a grande ruptura. Os ingleses reduziram depois amaioridadeparaapráticade sexo homossexual para 18 anos em 1994 e para 16 em 2000. Mas foi somente em 2013, com a absolvição do gênio da computação Alan Turing (1912-1954), que o governo britânico começou a considerar o perdão aos condenados por serem gays.

A evolução, com reconhecimento e ampliação dos direitos da comunidade LGBT no Reino Unido, é tema da exposição Gay UK: Love, Law and Liberty (Reino Unido Gay: Amor, Lei e Liberdade), na Biblioteca Britânica.

Uma visita à mostra sugere que, apesar dos avanços, a luta continua pela igualdade e contra a discriminação.

A Inglaterra e a Escócia, onde a união entre pessoas do mesmo sexo foi legalizada em 2014, são tradicionalmente mais liberais que País de Gales e Irlanda do Norte.

“Aqui [na Inglaterra] ninguém se importa realmente com isso [a sexualidade dos candidatos]”, diz Jonathan Darlington, 53, que trabalha na Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres e é militante do Partido Trabalhista. (Folhapress)

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