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Mundo Hong Kong tem nova onda de manifestações às vésperas do Dia Nacional da China

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A chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam. (Foto: Reprodução)

Três dos principais distritos comerciais de Hong Kong foram palco de violentos confrontos entre a polícia e manifestantes pró-democracia neste domingo, às vésperas das comemorações, na terça-feira, dos 70 anos da fundação da República Popular da China. Segundo o governo local, 13 pessoas foram hospitalizadas — uma delas, em estado crítico. As informações são do jornal O Globo.

O ato deste domingo foi um dos mais violentos desde que os protestos começaram, no início de junho, em protesto a um polêmico projeto de lei que permitiria a extradição para a China continental — e, desde então, ganharam novas demandas que desafiam ainda mais a soberania chinesa.

A data comemorativa desta semana é vista pelos manifestantes como uma oportunidade para expôr seu ressentimento com a crescente influência de Pequim no território semi-autônomo. As autoridades locais, no entanto, estão sob pressão para bloquear quaisquer incidentes que possam ofuscar as celebrações oficiais chinesas.

Os protestos começaram no início da manhã no distrito de Causeway Bay e logo se tornaram violentos, depois que ativistas quebraram as janelas de uma estação de metrô no distrito de Wan Chai e jogaram coquetéis molotov dentro das instalações. Eles também queimaram um outdoor que comemorava o Dia Nacional chinês e dirigiram a maior parte de suas palavras de ordem ao governo central em Pequim e ao Partido Comunista. “Expulsem o Partido Comunista, libertem Hong Kong!”, gritavam.

Os protestos não haviam sido autorizados pelas autoridades locais — o que os torna, segundo a lei do território, ilegais —, e, como tem sido praxe, foram reprimidos com gás lacrimogêneo e jatos de água tingida de azul. Difícil de ser retirado, o pigmento ajuda a polícia local a identificar os manifestantes e prendê-los.

Tiro para o alto

Ao anoitecer, a cidade — que foi devolvida à China pelos britânicos em 1997 e desde então é uma região administrativa especial — estava tomada pela fumaça de barricadas incendiadas, gás lacrimogêneo e soldados da tropa de choque. Citando fontes anônimas nas forças de segurança, o South China Morning Post disse que um policial teria dado um tiro para o alto para dispersar manifestantes que supostamente o atacavam.

No distrito de Admiralty, conhecido pelo comércio de luxo, turistas com máscaras se escondiam nos saguões de hotéis enquanto policiais foram vistos imobilizando manifestantes no chão. Segundo o New York Times, ao menos duas pessoas ficaram inconscientes.

O governo local disse que a maior parte dos 13 manifestantes hospitalizados está estável, exceto uma mulher, que está em estado crítico, e um homem, cuja condição de saúde é desconhecida.

Os protestos começaram em junho, em oposição a um polêmico projeto de lei que permitiria extradições para a China continental — algo que, de acordo com os manifestantes, poderia abrir caminho para extradições por razões políticas.

Conforme as manifestações foram se tornando mais violentas, com confrontos entre opositores e policiais, coquetéis molotov, gases lacrimogêneos e milhares de prisões, o governo local se viu obrigado a cancelar o projeto, no início de de setembro.

Quando isto finalmente aconteceu, no entanto, já era tarde demais. Os protestos haviam adquirido outras demandas: o estabelecimento de um inquérito sobre a violência policial, a libertação dos detidos, que as manifestações não sejam designadas como “rebeliões” — algo que pode deixar os manifestantes sujeitos a até 10 anos de prisão — e eleições diretas para o cargo de chefe do Executivo da cidade, atualmente escolhido por uma comissão de 1.200 pessoas majoritariamente favoráveis a Pequim.

Eleições

O ativista Joshua Wong, um dos líderes dos protestos pró-democracia em Hong Kong, anunciou neste sábado que disputará as eleições locais do próximo mês de novembro. A notícia chega no aniversário de cinco anos da Revolução dos Guarda-Chuvas, movimento que ocupou o centro da ex-colônia britânica por 79 dias em 2014 para pedir eleições diretas para a chefe do Executivo do território.

O ativista chegou a ser condenado por seu papel nas manifestações daquele ano e ficou dois meses preso no primeiro semestre de 2019. Após sair da cadeia, se juntou aos protestos contra a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.

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https://www.osul.com.br/hong-kong-tem-nova-onda-de-manifestacoes-as-vesperas-do-dia-nacional-da-china/ Hong Kong tem nova onda de manifestações às vésperas do Dia Nacional da China 2019-09-30
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