Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de abril de 2017
Um hospital infantil de Caracas precisou ser esvaziado na noite de quinta-feira em protesto de moradores do bairro contra o presidente Nicolás Maduro. Pelo menos 54 pessoas estavam no prédio, entre adultos e crianças. A notícia foi informada inicialmente pela chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez. Em uma rede social, ela havia dito que um grupo de homens armados havia entrado na unidade de saúde, que fica no bairro de El Valle.
“Denuncio à comunidade internacional que quadrilhas armadas contratadas pela oposição atacaram um hospital materno infantil com 54 crianças”, escreveu. A informação sobre as crianças foi retificada horas depois. Os adversários do chavismo rebateram ao dizer que o hospital foi esvaziado devido às bombas de gás lacrimogêneo atiradas pela Guarda Nacional para dispersar os manifestantes nas ruas vizinhas.
“Irresponsável e indolente Delcy Rodríguez: todos sabem que esvaziaram o [hospital] materno infantil por culpa das bombas de gás de sua ditadura”, disse o vice-presidente da Assembleia Nacional, Freddy Guevara. El Valle fica na zona oeste de capital, região que teve pela segunda noite seguida manifestações pequenas contra Maduro. Moradores locais montaram barricadas e fizeram panelaços, sendo reprimidos pelas forças de segurança.
Em alguns deles, principalmente nas favelas, membros dos coletivos (milícias armadas chavistas) atacaram alguns dos manifestantes. Houve saques a lojas e supermercados de algumas regiões durante a madrugada. Do outro lado da cidade um homem foi morto enquanto voltava para casa, no bairro de Petare, depois do trabalho ao passar por um protesto contra Maduro que era alvo da ação da Guarda Nacional e dos coletivos.