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Por Redação O Sul | 8 de maio de 2015
Com mais de 16.000 soldados, blindados, aviões e um desfile militar na Praça Vermelha de magnitude inédita, a Rússia celebra neste sábado o 70º aniversário da vitória contra a Alemanha nazista, uma demonstração de força do presidente Vladimir Putin ignorada pelos ocidentais. Em 2014 o líder russo assistiu um desfile militar em uma Crimeia recém-anexada, este ano estará na Praça Vermelha rodeado pelos dirigentes de Cuba, Índia e China, mas sem um só estadista europeu de primeira ordem.
A grande maioria dos dirigentes ocidentais, seus aliados quando se tratava de vencer a Alemanha nazista, declinaram o convite para 9 de maio em Moscou (o Dia da Vitória) e criticam seu apoio e fornecimento de armas para os separatistas pró-russos no Leste da Ucrânia, o que a Rússia nega de forma categórica. A Rússia pode contar, apesar disso, com a presença do presidente cubano Raúl Castro, do cipriota Nicos Anastasiades, do chinês Xi Jinping e do indiano Narendra Modi. Também estarão lá os dirigentes dos territórios separatistas georgianos de Abecásia e Ossétia do Sul, não reconhecidos pela Comunidade Internacional.
Alguns optaram por viajar para Moscou sem participar das comemorações, como o presidente tcheco Milos Zeman e o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico, que não assistirão ao desfile, além da chanceler alemã Angela Merkel, que vai chegar à capital russa no dia seguinte. Dos 68 dirigentes convidados, estarão somente 22, além do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e da Diretora-Geral da Unesco, Irina Bokova.
A Rússia celebra todos os anos a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial (!939-1945) em 9 de maio – a rendição foi assinada na noite de 8 de maio em Berlim, 9 de maio na hora de Moscou – com um grande desfile militar na Praça Vermelha. “É um dia de glória, um dia de orgulho para nosso povo, um dia que marca nossa mais alta veneração a uma geração de vencedores”, declarou Putin.
Data mais importante
O aniversário da vitória, pela qual morreram pelo menos 27 milhões de soviéticos, é considerada por 42% dos russos como a festa mais importante do ano, na frente do Natal ou de seus próprios aniversários, segundo uma pesquisa recente do centro independente Levada. A ex-União Soviética foi a principal responsável por derrotar a Alemanha nazista.