Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de outubro de 2015
Em relatório elaborado pela Receita Federal para pedir a apreensão do Porsche adquirido por Neymar em 2011, a auditora responsável pela fiscalização, Larissa Bongosto, afirma que a empresa que vendeu o carro ao jogador não é idônea. O atacante do Barcelona encomendou o veículo, mas fingiu ter feito a aquisição no mercado nacional, de acordo com o documento.
“Foi feita uma análise histórica das operações da empresa e detectou-se que a First já foi autuada diversas vezes por interposição fraudulenta. De 2003 até 2009, a First possui seis ocorrências. Essa história recorrente de fraudes praticadas quase que anualmente demonstra que a First já tem histórico inidôneo”, consta no auto de infração da Receita.
Uma série de documentos foi solicitada para a First, para que ela pudesse se provar idônea. A entrega das exigências demorou cerca de três meses para ser feita, com pedidos de prorrogação de prazos para que houvesse tempo para levantar as informações questionadas. Entre outras coisas, a empresa afirmou à Receita que opera predominantemente realizando importações por encomenda e por conta e ordem de terceiros, modalidades em que a relação comercial do exportador é com os clientes da First e não com ela própria.
Negativa
No caso de Neymar, tanto o atleta do Barcelona quanto a First negam contradizer essa regra, já que não declararam que houve um pedido de encomenda e trataram a negociação como se fosse uma venda interna. “No entanto, ainda assim há um montante de R$ 96 milhões em importações nos anos de 2010 e 2011 para as quais a First se declara como adquirente das mercadorias”, questiona o relatório da Receita Federal. (Camila Mattoso/Folhapress)