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Política A imprensa estatal de Cuba destacou as declarações dadas pelo empresário Marcelo Odebrecht nas quais ele ressalta a honestidade dos dirigentes cubanos

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Segundo Odebrecht, não houve recebimento de vantagem indevida na concessão do projeto do porto de Mariel. (Foto: Reprodução)

A imprensa estatal de Cuba destacou declarações dadas pelo empresário Marcelo Odebrecht, durante o acordo de delação premiada da empresa sobre irregularidades em obras na América Latina, na qual ele ressalta a honestidade dos dirigentes cubanos. Segundo Odebrecht, não houve recebimento de vantagem indevida na concessão do projeto do porto de Mariel.

Com a manchete “Odebrecht não comprou favores em Cuba”, o jornal estatal Joventud Rebelde lembrou as declarações do empresário, segundo as quais as transações com Cuba foram limpas e a corrupção no país é quase zero, o que seria comprovado pelo fato de que os ministros levam uma vida simples.

Com um investimento de cerca de 900 milhões de dólares, a Zona Especial de Mariel é o principal projeto da ilha para captar capital estrangeiro e integra um terminal de contêineres construídos pela Companhia de Obras e Infraestrutura, filial da Odebrecht.

O artigo lembra que em dezembro do ano passado o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que a empreiteira pagou milhões em propina em 12 países.

O caso Odebrecht envolveu autoridades e executivos de Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Equador, Angola, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela.

Nesses países, a empreiteira Odebrecht supostamente pagou altas somas de dinheiro para obter negócios e licenças milionárias para executar importantes obras públicas entre os anos de 2001 e 2016.

A construtora pagou ao governo norte-americano os 93 milhões de dólares previstos num acordo judicial que firmou com Estados Unidos, Brasil e Suíça.

A Odebrecht tem uma estreita relação com o governo de Cuba, com o qual assinou vários contratos, entre os quais o Porto de Mariel, que contou com investimento de 682 milhões de dólares por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Pedido de Chávez

Nos depoimentos da delação premiada, o empreiteiro Emílio Odebrecht narra um encontro que teve com o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, em 2007, em Caracas. Na conversa, Chávez, que morreu em 2013, pediu a Emílio que a Odebrecht construísse um porto em Cuba, como forma de ajudar o regime de Fidel Castro, morto no ano passado. O empreiteiro relata que concordou em fazer a obra, mas pediu ao presidente venezuelano que falasse com o ex-presidente Lula, para que o Brasil financiasse o projeto do Porto de Mariel.

Segundo o empreiteiro, “em condições normais” nem a Odebrecht pensaria em fazer um porto em Cuba e nem o BNDES financiaria uma obra no regime cubano. Mas, como foi um projeto apoiado por Lula e Chávez, o próprio Lula teria manobrado para interferir nas decisões do BNDES e liberar o financiamento.

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