Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2018
Um incêndio de grandes proporções atingiu a Refinaria de Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira (17). Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, o fogo começou por volta de 13h30min na refinaria e por volta das 15h20min estava extinto. Três quartéis do Corpo de Bombeiros (Caju, Central e Benfica) atuaram no local. Moradores do entorno da refinaria deixaram suas casas preventivamente.
Caminhões combustíveis estacionados na área arderam em chamas. A fumaça negra foi vista de várias partes do Rio de Janeiro. A pista lateral da Avenida Brasil, sentido Centro, foi fechada. A Linha Amarela também passou por interdições. Segundo a Lamsa, a saída 9A chegou a ser totalmente fechada e só foi liberada após o combate às chamas por volta das 15h30min. O trânsito tinha reflexos no sentido Centro. A CET-Rio recomendou que o deslocamento para o Centro da cidade fosse evitado.
A Refinaria de Manguinhos informou, por meio de assessoria de imprensa, que o incêndio teve início em um dos caminhões que fazia a descarga de combustíveis na área que fica no interior da unidade. Segundo a empresa, ninguém ficou ferido.
Os bombeiros aturam na área das chamas mais altas para fazer o resfriamento com espuma e água. Por volta das 15h, as chamas já estavam mais baixas e era possível ver uma cobertura branca de espuma na área do incêndio. Os caminhões ficaram completamente destruídos.
Moradores
Os bombeiros orientaram moradores do entorno da refinaria a deixar suas casas preventivamente logo após o início do incêndio. Várias comunidades ficam no entorno da refinaria e alguns deles saíram de suas casas correndo.
Manguinhos
Fundada em 1954, a refinaria pertence ao grupo Andrade Magro e está em processo de recuperação judicial. Tem capacidade de produzir os principais derivados do petróleo —gasolina comum, GLP, diesel, óleo combustível e solventes especiais.
A refinaria processa diariamente 15 mil barris de petróleo e tem capacidade de armazenamento de 215 mil/m³, segundo a empresa. O local emprega cerca de 300 funcionários.
Em 2012, chegou a ter a desapropriação decretada pelo então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB). Após uma batalha na Justiça, conseguiu retomar suas atividades em 2015, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) revogou o decreto de desapropriação.