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Brasil Bolsonaro poderá demitir o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, por causa de uma investigação sobre caixa dois

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Bolsonaro deve fazer uma defesa enfática da aprovação de uma reforma da Previdência. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta quarta-feira (5) que vai “usar caneta” se houver “denúncia robusta” contra o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil.

Bolsonaro deu a declaração em entrevista após solenidade no Exército em Brasília. O presidente foi condecorado pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, por ter salvo, em 1978, um soldado de um afogamento.

“Olha só, em havendo qualquer comprovação obviamente ou uma denúncia robusta contra quem quer que seja do meu governo que esteja ao alcance da minha caneta ‘Bic’, ela será usada”, disse.

Após evento em Belo Horizonte (MG), nesta quarta, o vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), disse que é “óbvio” que Onyx “terá que se retirar do governo” caso seja comprovado o envolvimento do deputado em irregularidades.

“Uma vez que seja comprovado que houve a ilicitude é óbvio que o ministro Onyx, ele terá que se retirar do governo, mas por enquanto é uma investigação e ele prossegue aí com as tarefas dele. Nada mais do que isso”, disse Mourão.

Denúncia

Onyx Lorenzoni foi citado em depoimentos de acordo de delação premiado de executivos da J&F. Delatores do grupo entregaram à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma planilha que, segundo os colaboradores, comprova que Onyx recebeu um repasse de R$ 100 mil por meio de caixa 2 em 2012.

Em apuração prévia, a partir de delação premiada do grupo, a PGR analisa se houve repasse de caixa dois a Onyx e outros políticos. Depois dessa apuração prévia é que a PGR decidirá sobre abertura de inquérito ou arquivamento.

Na terça (4), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin determinou o fatiamento da delação de executivos do grupo J&F e mandou instaurar procedimentos individuais de apuração de citações a dez parlamentares nos depoimentos dos delatores. Entre esses parlamentares, está o deputado federal Onyx Lorenzoni.

Em nota divulgada após a decisão de Fachin, Onyx afirmou que, com a abertura do procedimento, terá oportunidade de prestar esclarecimento sobre o caso à Justiça “a exemplo do que já foi feito diante da opinião pública de meu estado e da sociedade brasileira”.

Mourão: Onyx vai ter que se retirar se comprovadas “ilicitudes”

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, que, se encontradas irregularidades na investigação aberta contra o futuro ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, o auxiliar do presidente, terá que deixar o governo. “Uma vez que seja comprovado que houve ilicitude, é óbvio que terá que se retirar do governo. Mas, por enquanto, é uma investigação”.

Mourão afirmou ainda que ao menos parte da articulação política do governo poderá ficar sob o comando de militares.O vice de Bolsonaro que ele mesmo poderá participar, assim como o futuro secretário de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz. A questão é também uma divergência com Lorenzoni, que chegou a afirmar, nesta semana, que a função caberá à Casa Civil. O futuro ministro disse, inclusive, que Bolsonaro já havia “batido o martelo” em relação ao assunto.

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