Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2017
O diretor técnico do Hospital Tarquínio Lopes Filho, Newton Gripp, disse nesta terça-feira (2) que o índio da etnia Gamela, ferido em ataque no domingo (30), no Maranhão, não teve suas mãos decepadas. “Ele teve lesões profundas por arma branca nos antebraços, mas não decepou as mãos dele como havia sido divulgado”, afirmou. Outros dois índios seguem internados no mesmo hospital – um deles tem traumatismo craniano, e o outro, com fraturas expostas causada por espancamento.
Newton Gripp disse que não houve amputação traumática da mão. “Quando se fala em decepar é você utilizar o facão e separar as partes da mão e isso não aconteceu. Com o corte houve penetração e cortou o osso, mas a mão ficou presa por estruturas musculares e tendões, pois o osso partiu. Não rompeu artéria nenhuma e quando isso não acontece a mão permanece viva. Ele foi operado e está se recuperando bem, inclusive está recuperando os movimentos da mão”.
Em boletim divulgado na tarde desta terça-feira, o hospital informou que o índio está se recuperando após cirurgias por conta das lesões por armas branca e de fogo. Ele está lúcido e tem previsão de alta da UTI em até 48 horas.
Ao todo, dez ficaram feridos entre indígenas e fazendeiros durante o confronto segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário). O Governo do Maranhão diz que foram sete, sendo cinco índios e dois fazendeiros. Os cinco índios foram transferidas para São Luís e três ainda continuavam internados no Hospital Tarquínio Lopes.
A Pastoral da Terra, a Comissão de Direitos da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão e o Cimi seguem relatando, entretanto, que a mão do indígena foi decepada a golpes de facão e que ele levou um tiro no peito. (AG)