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Economia A indústria automotiva tenta digerir dois eventos negativos neste início deste ano: a alta no preço do aço e o atraso no programa de incentivos

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A indústria nacional já produz estruturas de ultrarresistência. São peças caras que começam a ser aplicadas em carros compactos, como o Fiat Argo. (Foto: Divulgação)

Em meio aos bons resultados de vendas e produção registrados em 2017, a indústria automotiva tenta digerir dois eventos negativos neste início de ano: a alta no preço do aço e o atraso no anúncio do programa de incentivos Rota 2030, que corre o risco de virar um “rotinha”, na definição de executivos do setor no País.

O aumento de 23% anunciado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) veio após conversas sem margem para negociação, relatam profissionais da área.

Devido às dificuldades logísticas, que elevam custos de importação, e ao aumento da produção (a projeção é de 3 milhões de veículos neste ano), as montadoras não terão alternativas além de negociar preços diretamente com as companhias locais, como a própria CSN e a concorrente Usiminas.

Segundo um executivo, os custos de importação de chapas de aço empatariam com os do Brasil, e assumir incertezas com preços de transporte e prazos de entrega não compensaria nesse caso.

Além da negociação com fornecedores, as montadoras trabalham na ampliação do uso de plástico no lugar do aço. Atualmente, partes da carroceria, componentes periféricos do motor e até pedais já usam polímeros de alta resistência. Contudo, a necessidade de montar carros mais seguros aumenta a demanda por aço.

A indústria nacional já produz estruturas de ultrarresistência que são utilizadas na estrutura da cabine, reduzindo a deformação em caso de colisões. São peças caras que começam a ser aplicadas em carros compactos, como o Fiat Argo e o Volkswagen Polo.

A segurança veicular deverá fazer parte da lista de exigências do Rota 2030, novo programa para a indústria automotiva que, de acordo com a Anfavea (entidade que reúne fabricantes), será anunciado no fim de fevereiro.

Para atender às prováveis metas, a indústria faz o de sempre: pede mais incentivos para amortizar os custos de desenvolvimento. A discussão tributária é um dos pontos que vêm atrasando a conclusão do programa.

A associação tinha esperança de que a divulgação viria em 2017. O governo teria até definido o anúncio para 22 de dezembro, após a reunião da cúpula do Mercosul. Representantes da indústria acreditam que a divulgação agora viria após a votação da reforma da Previdência, marcada para 17 de fevereiro.

As montadoras creem que haverá cortes no programa se a reforma não for aprovada. Reduções polpudas de tributos em troca de eficiência dos carros seriam substituídas por um regime de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) mais conservador.

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