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Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2015
O IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial do Estado) caiu 0,2% na passagem de maio para junho, descontados os efeitos sazonais. Com isso, as indústrias gaúchas encerraram o primeiro semestre deste ano com uma retração de 8,1% ante o mesmo período de 2014, o pior resultado em seis anos.
“A crise no setor fabril avançou bastante, influenciada principalmente pela redução da demanda doméstica e pelo aumento dos custos de fabricação. O excesso de estoques de produtos, a falta de confiança e a ociosidade nas linhas de produção não indicam mudança nesse quadro de dificuldades no curto prazo”, avaliou o presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), Heitor José Müller. Todos os indicadores do IDI-RS recuaram nos primeiros seis meses de 2015.
Os maiores impactos negativos foram verificados nas compras de matérias-primas (-15,1%), no faturamento real (-11,1%) e nas horas trabalhadas na produção (-7,9%). A queda de 2% na utilização da capacidade instalada também foi outro ponto que evidenciou a frágil situação da indústria. Essa perda sistemática da atividade impactou fortemente o mercado de trabalho: o emprego e a massa salarial real diminuíram 5,1%.
Dos 17 setores pesquisados, nessa base de comparação, registraram crescimento somente alimentos (2,5%), bebidas (0,3%) e equipamentos de informática e produtos eletrônicos (1,2%). As principais desacelerações vieram de veículos automotores (-22,6%), máquinas e equipamentos (-13,9%), produtos de metal (-8,3%), couros e calçados (-5,3%) e químicos e refino de petróleo (-5,5%).