Brasil Inflação para o consumidor avança na primeira semana de abril
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2018
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 0,31% na primeira semana de abril, 0,14 ponto percentual acima da taxa registrada na semana anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (09) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,02% para 0,29%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de 5,80% para 7,93%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,61%), Educação, Leitura e Recreação (-0,09% para 0,06%), Habitação (0,27% para 0,32%), Transportes (0,23% para 0,28%) e Comunicação (-0,09% para 0,04%).
Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: medicamentos em geral (0% para 0,24%), passagem aérea (-8,82% para -6,08%), tarifa de eletricidade residencial (1,19% para 1,57%), gasolina (-0,27% para -0,05%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,52% para 0,71%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos Vestuário (0,57% para 0,47%) e Despesas Diversas (0,05% para 0,02%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens roupas (0,82% para 0,71%) e alimentos para animais domésticos (-0,15% para -0,58%).
IGP-DI
O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) variou 0,56% em março, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando foi de 0,15%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,30% no ano e de 0,76% em 12 meses. Em março de 2017, o índice havia caído 0,38% e acumulava alta de 4,41% em 12 meses, conforme a FGV.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) avançou de 0,15% em fevereiro para 0,77% em março. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram 0,76% em março, após cair 0,42% em fevereiro. O principal responsável por esse movimento foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 2,24% para 8,68%. O índice de Bens Finais, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, suavizou a queda passando de -0,31% em fevereiro para -0,06% em março.
O índice do grupo Bens Intermediários subiu 0,85% em março, contra 0,25% no mês anterior. O principal responsável por essa aceleração foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa de variação passou de -3,87% para 0,62%. O índice de Bens Intermediários, calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,89% em março, ante 0,94% no mês anterior.
No estágio das Matérias-Primas Brutas, a variação foi de 0,68% em março. Em fevereiro, a taxa havia sido de 0,76%. Contribuíram para a alta do grupo os seguintes itens: milho em grão (1,39% para 17,11%), soja em grão (2,61%para 5,10%) e leite in natura (0,70% para 4,72%). Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (2,58% para -7,57%), mandioca (3,85% para -3,64%) e suínos (-1,41% para -10,53%).
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,17% em março, variação idêntica à registrada no mês anterior. Em sentido ascendente, as pressões partiram dos seguintes grupos: Vestuário (-0,76% para 0,57%), Alimentação (-0,29% para -0,02%), Habitação (0,19% para 0,27%), Comunicação (-0,21% para -0,09%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,40% para 0,42%).
Nessas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens roupas (-0,76% para 0,82%), frutas (-0,45% para 5,80%), tarifa de eletricidade residencial (0,95% para 1,19%), mensalidade para TV por assinatura (-1,91% para 0,17%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,27% para 0,24%).
