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Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2017
A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 0,13% na última semana de agosto, 0,20 ponto percentual abaixo da taxa registrada na semana anterior. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 2,33% no ano e de 3,26% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1º) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo alimentação (-0,54% para -0,83%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -3,72% para -8,09%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos habitação (0,47% para 0,23%), transportes (1,84% para 1,46%), saúde e cuidados pessoais (0,32% para 0,21%), comunicação (0,24% para 0,05%) e despesas diversas (0,12% para 0,10%).
Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens tarifa de eletricidade residencial (2,57% para 1,32%), gasolina (8,62% para 6,42%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,14% para -0,24%), tarifa de telefone móvel (0,35% para 0,12%) e alimentos para animais domésticos (1,11% para 0,62%).
Em contrapartida, os grupos vestuário (-0,38% para 0,12%) e educação, leitura e recreação (0,11% para 0,13%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens roupas (-0,63% para -0,02%) e salas de espetáculo (-0,14% para 0,17%).
Confiança empresarial
O ICE (Índice de Confiança Empresarial) divulgado pela Fundação Getulio Vargas subiu 1 ponto em agosto, para 85,8 pontos. Após a segunda alta consecutiva, o índice recupera 80% da perda de 2 pontos observada em junho.
O ICE (Índice de Confiança Empresarial) consolida os índices de confiança dos quatro macrosetores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo FGV/IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
A agregação é realizada por pesos econômicos, tendo como referência dados extraídos das pesquisas estruturais anuais do IBGE (PIA, PAS, PAC e PAIC). A variável de ponderação dos setores é o valor adicionado, exceto pelo setor de comércio, cujo peso é determinado pela margem de comercialização. As séries completas dos indicadores de confiança empresarial são dessazonalizadas a cada mês.
Considerando-se os dois horizontes de tempo da pesquisa, a maior contribuição para o aumento da confiança empresarial em agosto foi dada pelo ISA-E (Índice de Situação Atual), que subiu 1 ponto em relação a julho, alcançando 81,3 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2015 (82,8 pontos). Já o IE-E (Índice de Expectativas) aumentou 0,5 ponto em agosto, para 92,2 pontos, ficando ainda abaixo do maior valor registrado no ano (94 pontos em abril).
A distância de 10,9 pontos entre o nível dos indicadores que medem as percepções atual e futura dos empresários manteve a tendência de queda iniciada em maio e retorna ao patamar de outubro de 2016. A maior diferença entre IE e ISA é observada na construção (22,3 pontos) – setor que apresenta o menor nível de confiança – seguido por comércio (10,7 pontos), serviços (10) e Indústria (4,4).