Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2017
As informações contidas na delação da JBS não serão consideradas nos autos do julgamento da chapa Dilma-Temer, marcada para o dia 6 de junho pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A informação foi dada por um ministro do TSE, que falou sob a condição de anonimato. Ele disse, porém, que as revelações feitas pelo empresário Joesley Batista podem “influenciar indiretamente” a decisão da corte, sobretudo a respeito do destino de Michel Temer.
Antes do escândalo desencadeado pela delação, a expectativa era a de que o tribunal votasse pela permanência de Temer no cargo, seguindo a orientação que se espera do relator do caso na corte, ministro Herman Benjamin. A expectativa, agora, é que sob a influência do novo escândalo o tribunal decida por destituir o presidente.
O Supremo Tribunal Federal só vai decidir sobre a continuidade ou não do inquérito contra Temer depois de concluída uma perícia oficial no aúdio da conversa comprometedora gravada pelo empresário. Ontem, a defesa de Temer divulgou um laudo feito pelo perito Ricardo Molina atestando que o aúdio conteria 70 “obscuridades”. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no STF, determinou o encaminhamento das gravações à perícia da Polícia Federal. Com essa iniciativa, os próprios advogados de Temer retiraram o pedido de suspensão do inquérito que investiga o presidente pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.