Colunistas Inocentes ou burros?
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa, Mark Weisbrot denuncia “golpe sórdido” no Brasil: “Para traçar uma analogia com os Estados Unidos, quando os republicanos se negaram a elevar o teto da dívida, em 2013, a administração Obama recorreu a vários truques de contabilidade para adiar o prazo final no qual se alcançaria o limite. Ninguém se incomodou com isso”, ressalta; “A campanha do impeachment, que o governo descreveu corretamente como golpe, é um esforço da elite brasileira tradicional para obter por outros meios, o golpe, o que não alcançou nas urnas”. Não é preciso dizer mais nada, considerando a “turma” que vai capitanear o Brasil no caso de impeachment.
Se você cidadão contribuinte eleitor acredita em direitos sociais e defende o golpe preste atenção: As fontes principais do projeto do PMDB e aliados no golpe são as formulações de anos de trabalho e acúmulo do FMI, Banco Mundial, diversas agências americanas, pesquisas universitárias financiadas pelo sistema financeiro (na Europa, Estados Unidos e até mesmo no Brasil) e as ideais propagandeadas por think tanks financiadas por multinacionais. Na revista Carta Capital temos mais detalhes.
Saiba que você perderá o seu 13º salário, suas férias remuneradas, pagamentos por horas extras, seu descanso semanal remunerado etc. Todos os direitos trabalhistas são custos dentro de uma empresa e a visão das elites oposicionistas é que custos empresariais devem ser reduzidos para que sobrem recursos para serem acumulados e, possivelmente, investidos no mercado financeiro. Se você é aposentado ou pretende se aposentar saiba que o governo mudará a previdência de forma radical contra os chamados privilégios da classe trabalhadora.
Você ganhará menos que um salário mínimo por seu benefício da Previdência Social. O teto também terá outro calculo sem parcerias com o salário mínimo, o qual não será mais reajustado como vem fazendo o governo. Quanto aos programas sociais, esqueça, eles desaparecerão. Todos os programas sociais custam dinheiro ao governo. Gasta-se no Minha Casa, Minha Vida, no Bolsa Família, no Mais Médicos, no Fies, nos Pontos de Cultura, no Seguro-desemprego etc.
Durante entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, da UOL, o vice-presidente da FIESP e diretor-presidente da CSN, Benjamin Steinbruch declarou que os trabalhadores não deveriam ter horário para almoço: “Você vai nos Estados Unidos, você vê o cara almoçando, comendo o sanduíche com a mão esquerda, e operando a máquina com a direita. Tem 15 minutos para o almoço, entendeu? […] Por que a lei obriga que tenha que ter esse tempo?”, declara o presidente. Quem é contra todos os direitos incentiva seus familiares a fazer concurso publico, exatamente em busca de qualidade e segurança na carreira profissional.
E, dizer que tem sindicalistas, aposentados, pensionistas vestindo verde amarelo para entregar o Brasil à cobiça internacional! Inocentes úteis ou são burros mesmo? Nunca saberemos! Tudo será decidido pelo menos num primeiro round no domingo!
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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