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Brasil O presidente do BNDES recua e agora se diz alinhado à equipe econômica do governo de Michel Temer

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Paulo Rabello de Castro é alvo de críticas internas no banco. (Foto: Agência Brasil)

Nessa quarta-feira, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Paulo Rabello de Castro, afirmou estar “totalmente vinculado” à criação da TLP (Taxa de Longo Prazo), que substituirá a TJLP nos empréstimos do banco de fomento. “Eu não sugeri nada. Estou decorando a Medida Provisória 777 só para eu saber de cor, na ponta-da-língua, tudo que o governo federal propôs, para que eu possa endossar o documento”, declarou a jornalistas.

Bastante questionado a respeito do tema em um evento realizado à tarde no Palácio do Planalto, ele argumentou que ainda não tem uma proposta sobre a medida e que “o único que tem que ter proposta é o presidente Michel Temer e a sua equipe”. Dias atrás, Rabello de Castro chegou a fazer críticas públicas à TLP, enfatizando que ela poderia prejudicar as empresas do País.

Crise interna

Insatisfeitos com a gestão de Rabello de Castro, na semana passada os diretores do BNDES Vinicius Carrasco e Claudio Coutinho pediram demissão. O estopim foram as críticas do comando do banco de fomento ao modelo proposto para a nova taxa de juros que baliza os seus empréstimos. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da instituição havia declarado que a fórmula pode prejudicar as empresas tomadoras de crédito na instituição, ao reduzir a “previsibilidade” das condições dos financiamentos.

A fala de Rabello surpreendeu o Ministério da Fazenda, uma vez que a criação da TLP (Taxa de Longo Prazo, mais próxima às taxas de mercado), substituta da TJLP (fortemente subsidiada), é vista como medida importante para melhorar as contas públicas, com a redução dos subsídios aos créditos do BNDES.

A mudança também poderia diminuir os juros do mercado e fortalecer o crédito privado de longo prazo. Há preocupação na área econômica porque o mercado já aceita atrasos na reforma da Previdência, mas não quer surpresas e nem retrocessos na política econômica.

Se o mercado achar que esse barulho em torno da TLP entra na categoria de “surpresa ou retrocesso”, vai reagir muito mal, segundo a avaliação de fontes internas. É por isso que integrantes da equipe econômica querem que o presidente Michel Temer, amigo de Rabello, dê uma sinalização pública favorável à proposta da nova TLP, encaminhada ao Congresso Nacional por meio da MP (Medida Provisória) 777.

Para as equipes da Fazenda e do Banco Central, a criação da TLP é um assunto importante de diretriz de política econômica e não pode ser atropelado. Por meio de sua conta no Twitter, o secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Mansueto Almeida, reagiu na ocasião, dizendo que a TLP traz, sim, previsibilidade às empresas e vai permitir a redução dos juros no País.

Repercussão

Diante da repercussão, Rabello negou que houvesse divergências dentro da equipe econômica. “Digo taxativamente que estamos completamente alinhados. Acabei de falar com o Ilan Goldfajn [presidente do BC] e inclusive debati com ele o fato de que a MP é para ser discutida. Eventuais ajustes podem ser feitos e para isso tem deputado, tem emenda. Do contrário, seria uma coisa autoritária”, ressaltou.

Todo o corpo diretor do BNDES foi indicado pela então presidente Maria Silvia Bastos Marques (que pediu demissão em maio deste ano), porém mantido pela atual gestão. Carrasco era diretor de Planejamento e Pesquisa, ao passo que Coutinho atuava como diretor da Área de Crédito e da Área Financeira Internacional. Os dois são considerados os “mentores intelectuais” da proposta da TLP.

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