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Colunistas Investigação de Jairo Jorge e Beto Albuquerque no âmbito da Lava Jato vai trazer reflexos na eleição de 2018

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Beto Albuquerque teria recebido R$ 300 mil de caixa 2 para campanhas em 2010 e 2012. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O desmembramento das investigações em relação às delações premiadas do Grupo Odebrecht, determinado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, direcionou para os estados os casos de nomes que não possuem prerrogativa de foro. Ontem, a Procuradoria da Republica junto ao Tribunal Regional Federal determinou que a Polícia Federal instaure inquéritos para apurar as denúncias de que o ex-candidato a vice-presidente da República Beto Albuquerque (PSB) recebeu, em 2010 e 2012, R$ 300 mil de caixa 2 para campanhas. A outra investigação, em relação ao ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge (ex-PT, agora no PDT) apura denuncia indicando a doação de R$ 450 mil, também via caixa 2, nos anos de 2008 e 2012. Os dois, Beto e Jairo Jorge garantem que a investigação servirá para demonstrar suas inocências.

Alternativas no PDT: Bolzan e Luciano Pinto

No PDT, a pré-candidatura de Jairo Jorge ao governo do Estado, que já encontrava dificuldades, agora terá ainda mais resistência em grupos importantes da base do partido. A perspectiva de que o nome de Jairo Jorge seja descartado da disputa majoritária em 2018 faz despontar duas alternativas: o ex-presidente estadual do PDT Romildo Bolzan Junior, atual presidente do Grêmio, e o ex-presidente da Famurs, a Federação das Associações de Municípios, Luciano Pinto, que surgiria como uma renovação.

Preparando a debandada?

O empresário Joesley Batista, beneficiado pela generosa proposta de delação premiada da Procuradoria-Geral da República, que lhe permitiu residir nos Estados Unidos, cada vez emite mais sinais de que está saindo do Brasil. Agora, confirma-se a venda da Alpargatas. Por R$ 3,5 bilhões, o grupo J&F vendeu a Alpargatas para a família Moreira Salles, controladora do banco Itaú.

O que é uma página negra? Com a palavra,o jornalista Roberto Rodrigues

O comportamento desastrado do advogado Cristiano Zanin Martins na nota em defesa do ex-presidente Lula parece não ter limites. Se necessário, vale até mesmo apelar para expressões racistas. O jornalista gaúcho Roberto Rodrigues, com uma brilhante carreira aqui e em Brasília, se manifestou nas redes sociais:

“Lendo e ouvindo as notícias do dia de ontem, deparei com a surpreendente declaração do advogado Cristiano Zanin Martins de que: “A condenação do Lula é uma página negra na História de Justiça brasileira”. Estou pensando até agora o que é uma página negra na Justiça? Consultei alguns amigos advogados sobre o assunto e nenhum soube me explicar. Deixando a ironia de lado, ou melhor a manifestação racista, sei muito bem como enfrentar o racismo travestido de hipocrisia social. Já tive a minha página negra em diversas situações: Não fui repórter na TV Guaíba de Porto Alegre, porque sou negro. Deixei de ser assessor de imprensa de uma deputada federal pelo mesmo motivo. Motoristas de táxi no Rio de Janeiro não pararam para me conduzir ao aeroporto pelo mesmo motivo. Fui vigiado em diversos supermercados em Porto Alegre e em Brasília pelo mesmo motivo. Policiais militares me abordaram na saída do cinema em Brasília, porque sou negro e tenho um carro de luxo. São fatos que estou tentando digerir.”

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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