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| Investimento estrangeiro no Brasil cresceu 6% em 2016

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Brasil está no caminho para a recuperação do prestígio internacional que detinha quando ainda possuía o grau de investimento pelas principais agências de classificação de risco, diz especialista (Foto: Banco de Dados/O Sul)

No ano em que o País amargou a segunda retração consecutiva do PIB (Produto Interno Bruto), com uma grave crise política, os investimentos estrangeiros voltaram a crescer. Em 2016, o Brasil recebeu 6% a mais de recursos produtivos do que no ano anterior, informou o BC (Banco Central). Entraram 78,9 bilhões de dólares. Parte desses recursos foi enviada ao País por quem buscava oportunidade, já que, com a crise, o Brasil está mais barato. Nas corretoras, os estrangeiros estão de olho em pechinchas. Seja em ações, fundos de investimentos ou até mesmo imóveis de empresas que fecharam – um novo filão de mercado. Mas outra parte do investimento estrangeiro no País veio de filiais de empresas brasileiras remetendo recursos para suas matrizes.

Entre os segmentos que se destacaram como receptores de investimentos diretos no ano passado estão extração de petróleo e gás; indústrias química e automotiva; e serviços, comércio e transportes.

O economista André Perfeito afirma ainda que o Brasil apresentou as medidas certas e está no caminho para a recuperação do prestígio internacional que detinha quando ainda possuía o grau de investimento pelas principais agências de classificação de risco, o que equivale a um selo de bom pagador. Esse status foi perdido por causa das sucessivas maquiagens das contas públicas. “O Brasil está fazendo a lição de casa, mas não deixa de ser um dos países mais estranhos do mundo: somos fortes em moeda estrangeira e temos problema em moeda local”, diz o analista. “Estamos conseguindo absorver poupança externa, mas não estou vendo a construção de novas fábricas. É mais a compra de ativos baratos.”

Os economistas do Bradesco avaliam que o forte desempenho do IDP (Investimento Direto no País) também pode ser explicado pelo saldo positivo de 6,6 bilhões de dólares de empréstimos intercompanhia, contra média mensal de 1,8 bilhão de dólares nos três meses anteriores. Já a participação de capital mostrou fluxo positivo de 8,8 bilhões de dólares.

Segundo a pesquisadora da FGV Lia Vals, em 2016, esses repasses das filiais estrangeiras às matrizes no Brasil subiram de 19,8 bilhões de dólares para 24 bilhões de dólares. Para ela, o avanço nos investimentos diretos está associado a essas remessas. “Para 2017, não esperamos grandes mudanças no total do investimento direto.”

Déficit diminui

Ainda segundo a autoridade monetária, o déficit de todas as trocas de serviços e do comércio do Brasil com o resto do mundo ficou em 23,5 bilhões de dólares em 2016. É o mais baixo desde 2007, quando o BC registrou um superávit. Houve uma queda de 40% no rombo das contas externas em relação ao ano anterior.

Para os economistas do Itaú, a principal contribuição para a redução do déficit veio da balança comercial, que foi superavitária em 45 bilhões de dólares no ano passado. O banco destacou que os déficits de serviços e rendas também contribuíram, com recuos de 6,5 bilhões de dólares e 1,3 bilhão de dólares, respectivamente.

Lia considera que a principal razão para a queda do déficit em conta corrente foi a melhora da balança comercial. Ela ponderou, no entanto, que esse ganho é explicado pela acentuada queda nas importações, que caíram 19%, enquanto as exportações tiveram uma redução de 3,4%.

Dívida externa

De acordo com o BC, o Brasil fechou dezembro de 2016 com uma dívida externa bruta de 323,7 bilhões de dólares – uma redução expressiva de 14,6 bilhões de dólares em relação ao montante apurado para setembro do ano passado. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu 265,4 bilhões de dólares, diminuição de 6,9 bilhões de dólares, enquanto o endividamento de curto prazo somou 58,4 bilhões de dólares, um decréscimo de 7,7 bilhões de dólares no mesmo período.
“Dentre os determinantes da variação da dívida externa de longo prazo no período, destacam-se: os desembolsos de títulos de dívida no montante de 2,1 bilhões de dólares pelo setor financeiro; as amortizações de empréstimos feitas pelos setores financeiro e não financeiro de 1,7 bilhão de dólares e 3,3 bilhões de dólares, respectivamente; e a redução provocada pela variação cambial e variação de preços de 1,7 bilhão de dólares e 1,9 bilhão de dólares, respectivamente. A variação da dívida externa de curto prazo no período é explicada principalmente por empréstimos amortizados pelo setor financeiro, 7,2 bilhões de dólares”, destacou o BC. (AG)

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https://www.osul.com.br/investimento-estrangeiro-no-brasil-cresceu-6-em-2016/ Investimento estrangeiro no Brasil cresceu 6% em 2016 2017-02-04
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