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Mundo Mais de 66% dos irlandeses votaram a favor do direito ao aborto

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Mulheres comemoram o resultado do referendo. (Foto: Reprodução)

A Irlanda decidiu derrubar uma das leis mais restritivas ao aborto do mundo, com a vitória do “sim” em um referendo histórico em um país de maioria católica. Com 80% dos votos apurados, o sim contava 67,6% dos votos, segundo a rede de televisão irlandesa RTE. O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse que o resultado mostrava uma “revolução silenciosa”.

“O povo falou. As pessoas decidiram que queremos uma constituição moderna para um país moderno, que confiamos nas mulheres e que as respeitamos o suficiente para tomar a decisão certa sobre sua saúde”, disse o líder, que fez campanha pela legalização do aborto.

A Constituição irlandesa, de 1983, bania o procedimento e obrigava autoridades a considerar a vida da mãe e a do feto com o mesmo peso sob a lei. Só em 2014 os abortos passaram a ser liberados em raros casos de risco à vida da mãe.

Varadkar disse que seu governo vai elaborar o projeto de lei para liberar o aborto e o submeterá ao Parlamento nos próximos meses. O procedimento deve ser legalizado nas 12 primeiras semanas de gravidez. Grupos a favor da liberação do aborto comemoraram o resultado, que vem depois de mais de 30 anos de campanha. “É um dia monumental para as mulheres da Irlanda”, disse Orla O’Connor, co-diretora do grupo Together for Yes (juntos pelo sim). “Isso mostra que as mulheres estão tomando seu lugar na sociedade irlandesa depois de tanto tempo.”A liberação do aborto na Irlanda deve por fim às viagens feitas por milhares de mulheres todos os anos, geralmente ao vizinho Reino Unido, para realizar o procedimento.

A vice-presidente de um dos maiores grupos antiaborto do país, Cora Sherlock, disse que era “um dia triste para a Irlanda” e afirmou que o argumento de que o aborto é uma questão de saúde pública era enganoso.

Debate

Atualmente, 60% da população mundial vive em países cujas legislações preveem o aborto em todas ou algumas circunstâncias. Essa percentagem, no entanto, esconde um panorama sombrio: dentre os 56 milhões de abortos registrados no mundo entre os 2010 e 2017, 45% dos procedimentos aconteceram em más-condições e 97% desses foram feitos em países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina.

O debate em torno da legalização do aborto acontece por todos os lados e as legislações que regem o tema são diversas, por vezes abrangentes ou mais restritivas, e sempre revelando as tendências conservadoras ou liberais de um país. Já existe um número considerável de países nos quais o procedimento é completamente liberado. Na mesma medida, contudo, observa-se a proibição completa ou parcial em tantos outros.

As políticas de aborto são mais restritivas na Oceânia, seguida de África e da América Latina. Apenas 6% dos governos na Oceânia e 12% na América Latina permitem a prática por pedido. Em contraste, a Europa e a América do Norte são os continentes mais liberais em relação a esta questão. Ambos os governos da América do Norte e 73% dos governos europeus permitem o aborto.

 

 

 

 

 

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