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Esporte Islândia, a seleção nanica que se classificou para a Copa do Mundo da Rússia

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A Islândia foi a sensação da Eurocopa 2016 ao comemorar um feito histórico com "gritos vikings" e coreografia com a torcida. (Foto: Reprodução)

Ao vencer Kosovo por 2 a 0 na segunda-feira (9) pelas Eliminatórias, a Islândia classificou-se para a Copa do Mundo pela primeira vez. Um ano após alcançar as quartas de final da Eurocopa, que já era considerada uma grande conquista, o time jogará o Mundial da Rússia com o primeiro lugar no grupo 1, que tinha seleções experientes como Croácia, Ucrânia e Turquia.

Após disputar as Eliminatórias para 1958 e 1974 perdendo todas as partidas, o time venceu sua primeira partida na qualificatória para 1978. Foi vice-lanterna em 1982 e voltou a ser último colocado em seu grupo em 1986 e 1990. Em 1994, com a proibição da Iugoslávia participar, teve seu melhor desempenho, ficando a quatro pontos do Mundial. De 1998 a 2010, fez campanhas ruins, mas chegou à repescagem europeia nas Eliminatórias de 2014, perdendo a vaga para a Croácia, equipe que ficou na segunda colocação de seu grupo nesta edição.

Em 2016, a Islândia já havia irritado o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, que ao ver os jogadores celebrando o empate em 1 a 1 contra Portugal na estreia da Eurocopa, fez uma previsão equivocada. “Isso mostra a mentalidade pequena de um time que não vai conseguir nada na competição”, vaticinou o craque. Duas rodadas depois, a Islândia, país nórdico de pouco mais de 330 mil habitantes, se tornou a sensação da Eurocopa, ao avançar às oitavas de final logo em sua primeira participação no torneio – terminando, inclusive, à frente de Portugal.

Uma vitória diante da Áustria, no último minuto da partida, enlouqueceu os cerca de 10 mil torcedores do país nórdico (cerca de 3% de todo o país) presentes no Stade de France e causou alvoroço na capital Reykjavík. O técnico da equipe (na época dividia função com o sueco Lars Lagerback), Heimir Hallgrimsson, brincou que o dia 22 de junho deveria se tornar feriado nacional no país, que conquistava ali o título de sensação da Eurocopa.

A revolução do futebol no país de 103 mil km², vizinho da Groenlândia e cercado de vulcões e neve, começou há cerca de 10 anos, quando o país investiu na formação de treinadores e na construção de campos de futebol (a maioria cobertos, para escapar do rigoroso inverno na “terra do gelo”).

Esta geração islandesa eliminou a poderosa Holanda na fase preliminar da Eurocopa de 2016. Poucos, porém, esperavam tamanho sucesso na competição na França. O time se classificou em segundo no Grupo F, com cinco pontos, após empates em 0 a 0 com Portugal e 1 a 1 com a Hungria e vitória dramática sobre a Áustria por 2 a 1.

Até bem pouco tempo atrás, o futebol no país se resumia a um jogador: Eidur Gudjohnsen, atacante com passagens por Chelsea e Barcelona.  Em 1996, aos 17 anos, Gudjohnsen entrou para a história do futebol como o primeiro atleta a atuar em uma partida oficial junto com seu pai. Ele, na verdade, substituiu o pai Arnor, então com 34 anos, em amistoso contra a Estônia.

A federação de futebol local tinha apenas 100 atletas profissionais registrados em 2016 (no Brasil, são quase 30 mil). Após a façanha de chegar às quartas de final da Eurocopa, o zagueiro Kari Arnason ressaltou a proximidade entre os atletas e os torcedores do país nanico. “Conseguir isso com seus melhores amigos é perfeito, maravilhoso”, disse o experiente defensor, de 33 anos. “Conheço, ou ao menos reconheço de outras partidas, 50% dos nossos torcedores. Isso faz tudo ser mais delicioso”, completou o zagueiro.

A Islândia eliminou a forte Inglaterra nas oitavas de final com vitória de 2 a 1, mas foi derrotada pela dona da casa, França, nas quartas de final, com goleada por 5 a 2. Os franceses foram vice-campeões do torneio, perdendo justamente para Portugal na decisão.

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