Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2015
O Parlamento japonês aprovou neste sábado, sexta-feira pelo horário de Brasília (DF), um pacote de leis de defesa que autorizam o envio de militares a um conflito no exterior, rompendo com uma política vigente desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os senadores votaram em uma sessão plenária os textos que atribuem uma nova interpretação à Constituição pacifista do país, após horas de intensos debates.
O presidente da Câmara Alta, Masaaki Yamazaki, anunciou que 148 parlamentares votaram a favor, enquanto 90 se opuseram às mudanças. A perspectiva de uma nova interpretação da Constituição pacifista do Japão fez com que milhares de japoneses saíssem às ruas quase diariamente nas últimas semanas. Na quinta-feira, em duas oportunidades, diante do primeiro-ministro Shinzo Abe impassível, integrantes da oposição e da coalizão governista cercaram o presidente da comissão e trocaram empurrões.
Incompatibilidade
Para os críticos, as leis, que permitirão ao Japão uma intervenção para defender um aliado, são incompatíveis com a renúncia à guerra incluída no artigo 9 da Carta Magna imposta em 1947 pelos Estados Unidos. Também afirmam que a nova interpretação da Constituição poderia levar o país a entrar em guerras por todo o mundo ao lado dos EUA.
Evolução legal
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, defende uma normalização da política militar do país, que após a derrota na Segunda Guerra Mundial esteve muito restrita em razão da imposição norte-americana. Abe defende a necessidade de uma evolução legal ante as ameaças crescentes da China e também da Coreia do Norte.
(France Presse)