Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2017
A ilha japonesa de Okinoshima, recentemente classificada pela Unesco como patrimônio mundial da humanidade, deixará de permitir a entrada a qualquer visitante a partir do próximo ano, adiantaram os proprietários da ilha à AFP.
A ilha situada no mar do Japão, que deixará de receber qualquer turista, já tinha regras muito restritas para o acolhimento de visitantes: era permitida a entrada apenas um dia por ano, a 27 de maio, a apenas 200 homens, uma vez que o acesso a mulheres já era proibido.
Estes deviam cumprir um ritual de ablução, purificando-se nas águas do mar.
A ilha, propriedade do complexo de templos xintoístas Munakata Taisha, vai continuar a receber apenas padres xintoístas e investigadores que se dediquem à preservação do local, interditando quaisquer visitantes laicos.
O objetivo, segundo o porta-voz dos templos Munaka Taisha ouvido pela AFP, é proteger o local classificado pela Unesco.
“É necessária uma proteção rigorosa agora que a ilha está na lista da Unesco”, disse o porta-voz, que acrescentou que “seria arriscado continuar a ter 200 visitantes na ilha” todos os anos.
A tradição determina que apenas um padre xintoísta habite na ilha.
A ilha de Okinoshima passou a integrar a lista de patrimônio protegido da Unesco no passado domingo, quando o Comitê do Patrimônio Mundial desta agência das Nações Unidas acrescentou 21 novos sítios de interesse da humanidade à lista existente.
Okinoshima situa-se na rota da Coreia e é a ilha mais a sul das quatro maiores ilhas do arquipélago nipônico.
Em tempos foi um importante local de trocas com o estrangeiro e é abrigo de numerosos objetos que o testemunham.
Japão eleva previsão de crescimento
O governo do Japão elevou nesta sexta-feira (14) suas previsões de crescimento para o consumo privado, despesas de capital e investimento em habitação para o atual exercício fiscal conforme a demanda interna ganha força.
O governo manteve sua previsão geral para o crescimento do Produto Interno Bruto no ano fiscal de 2017, que começou em abril, devido a uma queda esperada em inventários e a um crescimento ligeiramente menor nas despesas fiscais.
O governo também previu um aumento de 1,1% nos preços ao consumidor neste ano fiscal e de 1,3% para o ano fiscal de 2018, destacando um desenvolvimento muito lento na pressão inflacionária.
As previsões, que o gabinete do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, usará para compilar o orçamento do próximo ano fiscal, mostram que a economia provavelmente continuará a se expandir de maneira confortável, a menos que haja um grande choque externo repentino.
A expectativa é que o consumo aumente 0,9% no ano fiscal de 2017, acima da previsão anterior de 0,8% divulgada em janeiro.
O investimento em habitação, por sua vez, deve crescer 0,8% neste ano fiscal, bem acima da estimativa anterior de 0,1%.
O governo também espera que as despesas de capital subam 3,6% no ano fiscal de 2017, acima da estimativa anterior de um avanço de 3,4%. (AG)