Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2015
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, expressou nessa sexta-feira “condolências eternas” pelas vítimas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em seu país e no exterior, mas afirmou que as futuras gerações “não devem ser predestinadas” a pedir desculpas pelo passado militar do país, em um discurso que marcou o 70º aniversário da rendição japonesa. “O Japão reiterou muitas vezes seu sentimento de remorso profundo e suas desculpas sinceras por seus atos durante a guerra”, expressou o premiê.
Ressaltando que cerca de 80% dos habitantes nasceram depois do fim da guerra, Abe disse que o país não pode permitir que “as futuras gerações, que não têm nada a ver com a guerra, sejam predestinadas a pedir desculpas”. O Japão, aliado da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra, rendeu-se em 15 de agosto de 1945 após a Força Aérea dos Estados Unidos lançar duas bombas atômicas sobre o país asiático, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.
O discurso dessa sexta-feira era muito aguardado pelos vizinhos, especialmente China e Coreia do Sul. Ambos sofreram com o militarismo e a expansão imperial japonesa entre 1910 e 1945.
Sinceridade
A China declarou nessa sexta-feira que quer que o Japão peça “desculpas sinceras” pela agressão cometida durante a Segunda Guerra Mundial, horas depois de Shinzo Abe reiterar sua profunda pena pelos atos cometidos durante o confronto. O ministério chinês das Relações Exteriores formulou a solicitação em uma declaração publicada em seu site, na primeira reação oficial às palavras do premiê japonês.