Colunistas Jarbas x Rosso
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo dá como certo o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados em alguns meses, em velado acordo para salvar seu mandato. Com a previsão deste cenário, duas alas trabalham desde já para emplacar o futuro comandante da Casa. Dilma Rousseff e os palacianos querem Rogério Rosso (PSD-DF) no cargo. Michel Temer e aliados atuam por Jarbas Vascondelos (PMDB-PE).
Peso 2
Não se trata só do poderoso cargo no Congresso. Em caso de impeachment de Dilma, quem sentar na cadeira será o segundo na hierarquia do Poder do Brasil.
Aliado discreto
Rosso é o presidente da comissão especial do impeachment de Dilma na Câmara. Apesar de perfil independente, é alinhado ao Planalto.
Locutor
O presidente da comissão ganhou o apelido. Rosso narra as ordens do dia como locutor de jogo de futebol. Coloca emoção nas palavras – e tensão na plateia.
Que coincidência…
Na sexta-feira, o PTB da Câmara ganhou o comando da Casa da Moeda no Rio de Janeiro, celeiro petista carioca desde a Era Lula. Quem manda muito hoje nos apadrinhados do PTB em cargos do governo é o relator do processo da presidente Dilma na comissão do impeachment, deputado Jovair Arantes (GO). Mas é só uma coincidência.
Voltei, gente
Detalhe. Magérrimo e com a pena perdoada no mensalão, o livre, leve e solto ex-deputado Roberto Jefferson retomou no Rio a presidência do PTB.
Cegueira camarada
O Ministério Público do Maranhão continua de olhos vendados para o gritante contrato de 1 ano para assessoria de imprensa especial do Palácio dos Leões. Roseana Sarney pagava R$ 1,3 milhão à CDN. Flávio Dino cravou R$ 6 milhões para o Grupo Informe.
#medo
Com os olhos na porta, a filha Daniela e a esposa Cláudia estão morando com Eduardo Cunha na residência oficial da Câmara. E vão para o Rio só nos fins de semana.
Andorinha
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), indiciada pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, reclama da falta de empenho de colegas na defesa do governo e de Dilma. “O momento agora é de desatar nós; não cortar as cordas”, cita para convocar aliados. Ninguém dá bola.
Sabe tudo!
Presidente do PRTB, Levy Fidelix dá uma de profeta em meio ao caos: “Os grandes partidos estão prostituídos. É a hora dos pequenos. Não sou Deus, mas vejo que terá impeachment e em outubro novas eleições para presidente”, projeta.
Profetiza
Da candidata do PSOL ao Planalto, Heloísa Helena, há dez anos: “O presidente Lula chefia uma quadrilha de ‘gangsters’ capaz de roubar, matar, caluniar e liquidar com qualquer um que ameace seu projeto de poder. Eu sei o que eles são capazes de fazer”.
Motim derrotado
Horas antes do protocolo polêmico na Câmara, um grupo de 15 advogados foi à OAB pedir para o presidente Claudio Lamachia desistir da ação contra a presidente Dilma. O argumento de Lamachia é que a Ordem consultou suas seccionais, que representam quase 1 milhão de advogados, e a maioria esmagadora quis o processo.
Pato escoltado
Estão sobrando viaturas da PM no DF. Na noite em que o “pato inflável da Fiesp” pernoitou na Esplanada, três patrulhas fizeram escolta para que ninguém o furasse.
Ponto Final
“A vida é um jogo de xadrez, ataque, defesa, estratégia e o limite é o mundo.” De Ibsen Pinheiro, presidente da Câmara no impeachment de Collor, em 1992.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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