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Mundo Joe Biden, o candidato a presidente dos Estados Unidos que tocava demais as pessoas

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Vários líderes mundiais e chefes de estado se manifestaram parabenizando o democrata. (Foto: Reprodução/ Twitter)

Os Estados Unidos esperavam há tempos a decisão de Joe Biden sobre sua candidatura às primárias democratas, e o que veio primeiro foi o movimento “MeToo”. Ninguém o acusa de agressão sexual. Sua atitude não era furtiva, nem sequer um segredo. Acontecia à plena luz, está nos arquivos fotográficos, na memória coletiva.

O ex-senador pelo estado de Delaware (1973-2009) e ex-vice-presidente de Barack Obama sempre foi, em suas próprias palavras, um “político tátil” aficionado por tocar para se conectar com companheiros de partido ou interlocutores. Seu comportamento — que deu lugar ao termo “bidening” (“bidenear”) — não só não era considerado impróprio, como era encarado como um ativo político.

Descendente de uma família católica irlandesa de classe operária, Biden chegou ao Senado com 30 anos, e soube fazer frente a várias tragédias pessoais que todo o país acompanhou (sua primeira mulher morreu em um acidente de carro, com sua filha pequena, duas semanas depois de ser eleito). Biden é um democrata genuíno. Mas, na era do “MeToo”, suas brincadeiras, abraços e beijos são vistos sob outra luz.

“Não insinuo que violou a lei, mas as transgressões que a sociedade contempla como menores (ou que nem sequer vê como transgressões) em geral são notáveis para a pessoa no extremo receptor”, escreveu recentemente Lucy Flores, ex-congressista do Estado de Nevada, que acusou Biden de ter se aproximado dela por trás e a beijado levemente na cabeça, antes de sair para o palco para apoiá-la em um ato eleitoral de 2014, de uma maneira que a fez sentir-se incomodada.

“Biden deve compreender que, no mundo de hoje, o espaço físico é importante para as pessoas e a chave é como o recebem, não sua intenção”, resumiu a veterana Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Representantes e uma das figuras mais poderosas do Partido Democrata.

O colossal desafio de Biden agora é se conectar com um partido cada vez mais progressista. A lacuna geracional é evidente. Ele entrou no Senado quando o hoje popular candidato texano Beto O’Rourke usava fraldas e ainda faltavam 16 anos para que nascesse a “deputada estrela” Alexandria Ocasio-Cortez. O aborto era ilegal e o consentimento não era assunto de debate público.

Biden deverá lutar contra sua própria história. Sua ziguezagueante postura sobre o aborto. Seu papel em 1991 como presidente da comissão do Senado que sabatinou o juiz Clarence Thomas, indicado para a Suprema Corte, quando Anita Hill, que acusava Thomas de assédio sexual, foi humilhada. A campanha também trará à tona outros fantasmas, como o voto a favor da invasão do Iraque e o apoio ao afrouxamento das regulações do sistema bancário, contribuindo para criar as condições para a crise de 2008.

 

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